Gangster é o pseudónimo do Costa.
Roubou o lugar de líder do partido ao Seguro, depois do Seguro ter ganho as eleições, e quer roubar o lugar de primeiro ministro ao Passos, depois do Passos ter ganho as eleições.
O que noto é que, depois das coisas feias que o Costa fez, alguns socialistas parecem algo desesperados com a possibilidade de haver eleições antecipadas, e isso é compreensível, dada a situação, mas a mentira é uma coisa feia.
No mesmo link está esta "carta aberta" da socialista Isabel Moreira.
Carta aberta a Sua Excelência o Presidente da República :
Diz vossa excelência que já esteve em gestão por uns meses. Imagino que quer fazer um paralelismo com uma eventual situação actual . Calha que se " esqueceu " de explicar por que razão esteve 5 meses em gestão , "esquecimento" esse que o faz induzir uma confusão . É que o seu governo foi alvo de uma moção de censura por parte do PRD sem alternativa de governo maioritário parlamentar, pelo que Mário Soares DISSOLVEU a AR e tivemos eleições legislativas . Recordado ? Ora, neste momento, há alternativa e VEXA NÃO PODE dissolver a AR. Recordado ? Agradecia assim que não confundisse o inconfundível e já agora que não criasse novas normas constitucionais que alegadamente lhe permitem condicionar o novo governo.
Espero que não tenha por muito pedir-lhe que cumpra a única solução constitucional admissível nas circunstâncias ATUAIS sendo de elementar grandeza cumprir a lei fundamental mesmo quando desse cumprimento resulte o que pessoalmente não nos agrade.
Cumprimentos ,
Isabel Moreira
Mas a verdade, como já disse antes, é que havia uma alternativa maioritária de governo (PS+PRD, com acordo de incidência parlamentar com o PCP) que o Soares recusou. O paralelismo até é muito grande entre as duas situações. Existe apenas a diferença do Cavaco não poder dissolver a AR. Mas se o Cavaco tiver coragem de não dar posse ao Costa, como tb já disse antes, acho que a esquerda cede e aceita a proposta do Passos, para alterar a constituição e para haver eleições antecipadas.
"Coligação artificial"
Soares, em 1987, teve sobre si enormes pressões: tinha o seu próprio partido, liderado por Vítor Constâncio, a pedir-lhe que desse posse ao governo PS-PRD, com apoio parlamentar do PCP – numa situação parecida com a actual. Soares recordou este episódio no livro Mário Soares, uma Vida, de Joaquim Vieira: "Foi a minha razão. As soluções de governo podem-se arranjar no hemiciclo, mas como eu tinha um poder, avisei o Constâncio: ‘Eu não aceito uma moção de censura. Não quero que o governo caia agora [1987, tinha o executivo de Cavaco dois anos], porque está recentemente eleito. Numa altura em que vamos entrar numa nova fase, meter um governo desse género é uma coisa horrível e eu, como Presidente de todos os portugueses, não aceito.’" Soares disse ainda que via no PS "tipos que queriam por força ir para o governo", como, aponta, Almeida Santos, o derrotado das legislativas de 1985: "Queriam tirar o despique daquela desgraça."
Sempre que abordou este episódio, Soares foi taxativo, e por vezes duro, com o seu próprio partido. Na longa entrevista a Maria João Avillez publicada em livro, disse: "Fui colocado diante de uma hipotética coligação que sempre considerei contranatura, puramente artificial, e, por isso mesmo, repetidamente avisei que jamais favoreceria um acordo político desse tipo, que, na minha opinião, seria nefasto para o País."
http://www.sabado.pt/portugal/detalhe/como_soares_e_sampaio_chumbaram_governos_maioritarias_sem_o_partido_mais_votado.html
E tb como já disse antes, se o "social democrata" Cavaco der posse ao Costa, vai fazer uma coisa que nem o "socialista" Soares quis fazer.