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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 392497 vezes)

jeab

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2800 em: 2015-11-22 10:20:44 »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2801 em: 2015-11-22 11:59:13 »
Mesmo que o Cavaco dê posse ao Costa. Há coisas engraçadas que ele podia requerer. Por exemplo, requerer que BE e CDU também participem no governo. Há quem diga que ele pode fazer isso, mas não sei se fará.

evidentemente que não pode.
o presidente indigita uma personalidade, uma pessoa, para formar governo.
a responsabilidade da composição do governo é dessa pessoa. não do presidente. mesmo num governo de iniciativa presidencial (do qual, constitucionalmente,  já não existe a possibilidade).

L

Não sou nenhum expert, mas já ouvi comentários que em 2004, Sampaio fez exigências em relação a certas posições governamentais.

certo.

o presidente indigita uma personalidade. é um acto voluntário, propositado e que tem um significado político de expressão de confiança na pessoa indigitada.
Aconteceu que o PR perdeu a confiança política no Sr. Lopes.  e disse-o claramente. tivesse a maioria apontado outro nome e muito provavelmente o PR
tê-lo-ia indigitado e não teria havido lugar a eleições.
O sampaio não confiava no Lopes. nem ele nem ninguém.

resumindo: o poder do PR centra-se (e não é um poder pequeno) na indigitação da personalidade que vai formar e liderar o governo. Tem que ser da confiança do PR.
O PR pode recusar-se a empossar o Costa na base da sua falta de confiança no homem. Aí o PS - ou outra força política baseada num acordo de maioria parlamentar - teria que lhe apresentar outro nome.

Mas o PR não tem nem que botar palavra na formação do governo. essa é uma prerrogativa do primeiro ministro indigitado.

O PR pode recusar o nome, a pessoa, que vai formar e liderar o governo.
Não tem poderes para se pronunciar no processo de formação do governo. tem apenas que garantir que o governo a formar tem uma base parlamentar que ofereça estabilidade governativa.

L

errado.

o PM pode perfeitamente pedir que o governo inclua os diferentes partidos da coligacao. e ate ja o fez no passado. nao vai eh andar a dizer em que ministerios.
o lark so diz coisas erradas, parece um relogio ao contrario. ate deviamos manter um track record

O PR (e não o PM) pode pedir virtualmente AQUILO QUE QUISER ao Costa. Ponto assente. A Constituição é omissa. Até pode pedir que o Costa lhe engraxe os sapatos no Palácio de Belém se quiser ser PM. Mas não vai pedir AQUILO QUE NÃO TEM PODER NEGOCIAL, ou um mínimo de probabilidade, PARA GARANTIR QUE SUCEDA, se não ou é parvo ou quer deliberadamente provocar uma crise política (e é parvo na mesma). Na fase em que nos encontramos, o PR já pediu, em tom zangado, aquilo que pretendia, quando fez a declaração ao país a dizer que ia indigitar o Passos. As coisas não correram como esperava, porque 1. o Costa arranjou uns papéis com umas assinaturas, 2. governo foi derrubado no Parlamento. O PM esgotou a margem probabilística, de incerteza, que tinha nesse momento, e agora já não pode "pedir" , mais nada ao Costa. Não faz nenhum sentido que peça ao Costa que o governo inclua os vários partidos, ou um acordo só em vez de 3, porque sabe que isso não sucederá.

O argumento de que "já sucedeu no passado" não pode ser transposto para o caso actual sem considerar os contextos. O contexto actual, depois de tudo o que se passou no último mês, depois das asneiras todas que o Cavaco fez, não permite essa margem de "negociação".
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Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2802 em: 2015-11-22 19:02:37 »
sim, o PR. eu falava em abstracto, eu acho que ele vai indigitar o Costa.
 
neste caso pode nao pedir nada apenas porque sabe que nao quer um governo de gestao.

mas se tiver preparado para as consequencias pede o que lhe apetecer ao Costa e o poder negocial vem precisamente de estar preparado para a alternativa
« Última modificação: 2015-11-22 19:05:25 por Camarada Neo-Liberal »

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2803 em: 2015-11-22 19:16:01 »
Vao andar mais um ano  com politicas populistas pensar  novas elecoes 

vai ser a mesma coisa PSD/CDS fez com sobretaxa irs  so caso PS/BE/PCP vai ser quadruplicar.....





« Última modificação: 2015-11-22 19:17:09 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2804 em: 2015-11-23 10:47:41 »
O Cavaco chamou o Costa para falar com ele às 11h.
Vamos lá ver se o Cavaco vai ou não fazer alguma exigência do género do BE e CDU irem para o governo.

Zakk

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2805 em: 2015-11-23 10:53:00 »
O Cavaco chamou o Costa para falar com ele às 11h.
Vamos lá ver se o Cavaco vai ou não fazer alguma exigência do género do BE e CDU irem para o governo.

Não acredito que diga isso. A resposta do costa era, Fonix, com esses!!! vai tu... hehehehehe

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2806 em: 2015-11-23 11:00:30 »
a "esquerda" vai-se comecar a matar entre si mal consigam o que querem, ja tenho as pipocas

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2807 em: 2015-11-23 11:53:02 »
O Costa já foi ouvido durante 35 minutos e não disse nada aos jornalistas, mas a presidência da republica divulgou um documento que foi entregue ao Costa.

Citar
Presidência da República divulga documento entregue ao Secretário-Geral do Partido Socialista

O Presidente da República recebeu hoje, em audiência, o Secretário-Geral do Partido Socialista, a quem entregou o seguinte documento contendo questões com vista a uma futura solução governativa:

Face à crise política criada pela aprovação parlamentar da moção de rejeição do programa do XX Governo Constitucional que, nos termos do artigo 195 da Constituição da República Portuguesa, determina a sua demissão, o Presidente da República decidiu, após audição dos partidos políticos representados na Assembleia da República, dos parceiros sociais e de outros agentes económicos, encarregar o Secretário-Geral do Partido Socialista de desenvolver esforços tendo em vista apresentar uma solução governativa estável, duradoura e credível.

Nesse sentido, o Presidente da República solicitou ao Secretário-Geral do Partido Socialista a clarificação formal de questões que, estando omissas nos documentos, distintos e assimétricos, subscritos entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”, suscitam dúvidas quanto à estabilidade e à durabilidade de um governo minoritário do Partido Socialista, no horizonte temporal da legislatura:

a)   aprovação de moções de confiança;
b)   aprovação dos Orçamentos do Estado, em particular o Orçamento para 2016;
c)   cumprimento das regras de disciplina orçamental aplicadas a todos os países da Zona Euro e subscritas pelo Estado Português, nomeadamente as que resultam do Pacto de Estabilidade e Crescimento, do Tratado Orçamental, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e da participação de Portugal na União Económica e Monetária e na União Bancária;
d)   respeito pelos compromissos internacionais de Portugal no âmbito das organizações de defesa colectiva;
e)   papel do Conselho Permanente de Concertação Social, dada a relevância do seu contributo para a coesão social e o desenvolvimento do País;
f)   estabilidade do sistema financeiro, dado o seu papel fulcral no financiamento da economia portuguesa.

O esclarecimento destas questões é tanto mais decisivo quanto a continuidade de um governo exclusivamente integrado pelo Partido Socialista dependerá do apoio parlamentar das forças partidárias com as quais subscreveu os documentos “Posição Conjunta sobre situação política” e quanto os desafios da sustentabilidade da recuperação económica, da criação de emprego e da garantia de financiamento do Estado e da economia se manterão ao longo de toda a XIII legislatura.

http://www.presidencia.pt/?idc=10&idi=98124

Zakk

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2808 em: 2015-11-23 11:56:09 »
A resposta tem que ser por escrito? ;D


Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2809 em: 2015-11-23 12:08:04 »
A resposta tem que ser por escrito? ;D

Provavelmente sim.  :-)

A alínea C parece-me interessante, porque tanto BE como CDU têm dito que são contra o Tratado Orçamental.

Vamos lá ver quanto tempo é que vão demorar para responderem às alíneas.  :-)

Zakk

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2810 em: 2015-11-23 12:11:41 »
A resposta tem que ser por escrito? ;D

Provavelmente sim.  :-)

A alínea C parece-me interessante, porque tanto BE como CDU têm dito que são contra o Tratado Orçamental.

Vamos lá ver quanto tempo é que vão demorar para responderem às alíneas.  :-)

Mas o cavaco também acho que tá a pedir demais, basicamente ele tá a pedir que os comunas deixem de o ser.
« Última modificação: 2015-11-23 12:12:30 por heras »

Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2811 em: 2015-11-23 12:14:04 »
Eheheh, o Cavaco a entalar o Costa.

pedras11

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2812 em: 2015-11-23 12:16:22 »
O Cavaco Silva nunca se importou com cumprir tratados, veja-se o de Maastricht, quer que se cumpram agora.

Está todo cagado
« Última modificação: 2015-11-23 12:17:10 por pedras11 »

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2813 em: 2015-11-23 12:19:22 »
o cavaco esteve bem, nao esta a pedir nada de especial mas os comunistas vao-se passar 
« Última modificação: 2015-11-23 12:19:40 por Camarada Neo-Liberal »

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2814 em: 2015-11-23 12:20:21 »
O Cavaco Silva nunca se importou com cumprir tratados, veja-se o de Maastricht, quer que se cumpram agora.

Está todo cagado

esta cagado de tanto rir

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2815 em: 2015-11-23 12:35:13 »
o cavaco esteve bem, nao esta a pedir nada de especial mas os comunistas vao-se passar

O Cavaco está a ser coerente. As alíneas c) e d) foram referidas em todos os seus discursos anteriores.

Agora, vai depender até que ponto vão as exigências do Cavaco. BE e CDU não vão dizer que são a favor do Tratado Orçamental, nem da Nato. O máximo que podem dizer é que respeitarão a posição do PS nesses temas. Se isso for suficiente para o Cavaco, não vai haver problema. Se não for suficiente, vai haver problema.


Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2816 em: 2015-11-23 12:40:19 »
A primeira ministra Catarina Martins ontem disse que não iam fica à espera do Cavaco para reverter as medidas do governo anterior.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=800193

Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2817 em: 2015-11-23 12:42:00 »
o cavaco esteve bem, nao esta a pedir nada de especial mas os comunistas vao-se passar

O Cavaco está a ser coerente. As alíneas c) e d) foram referidas em todos os seus discursos anteriores.

Agora, vai depender até que ponto vão as exigências do Cavaco. BE e CDU não vão dizer que são a favor do Tratado Orçamental, nem da Nato. O máximo que podem dizer é que respeitarão a posição do PS nesses temas. Se isso for suficiente para o Cavaco, não vai haver problema. Se não for suficiente, vai haver problema.

nunca os comunistas vao deixar de votar contra uma coisa em que nao acreditam, por isso eh que nada disso esta no acordo
o plano do PS deve ser contar com a abstencao do PSD/CDS... assim sendo mesmo com o voto contra dos comunistas passaria tudo
mas eu nao contaria com isso
« Última modificação: 2015-11-23 12:45:29 por Camarada Neo-Liberal »

Joao-D

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2818 em: 2015-11-23 12:51:55 »
No caso de haver um governo de gestão (continua a ser o menos provável), a estratégia da esquerda é obrigar (ou ameaçar que obriga) o Passos a governar à esquerda aprovando os diplomas no parlamento, mas alguns desses diplomas, senão todos, podem depois ser rejeitados pelo presidente da republica. :-)






Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #2819 em: 2015-11-23 12:54:49 »
Cá vamos nós outra vez para mais umas semanas de impasse...

Por acaso até concordo com estes pedidos, mas deviam ter sido feitos há um mês atrás---em vez daquela declaração irada, unilateral e sem uma objectividade palpável. É uma conversa/reunião que chega tarde.
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