Para se ver bem o absurdo da coisa:
Although never more than 4% of the arable land in the USSR, private plots consistently yielded a quarter to a third of total produce. In other words, private plots were more than 8 to 12 times as productive.
Estas coisas entram pelos olhos dentro. É claro, como são excepções pequenas são irrelevantes. Na China, porém, o sector privado já não é uma excepção pequena.
Em todo o caso não se compreende muito bem o que estás a defender. Não defendes, igualmente, que o motor das economias é essencialmente o mercado livre, capitalismo, etc?
Eu não defendo nada. Tu é que colocaste as condições necessárias para uma economia se enquadrar dentro do capitalismo, sem definir limites.
Eu disse que na ausência de limites a URSS cumpria dois criterios.
Quanto à China as palavras deles são socialismo de mercado e dirigismo do sector privado, se para ti isso significa capitalismo tudo bem.
Mas se palavras são irrelevantes não vejo porque tanto problema com socialismo estar na constituição portuguesa
E o socialismo estar na Constituição Portuguesa não é um problema prático, embora ter uma opção ideológica na Constituição pareça um abuso claro. Um problema muito mais relevante é a maior parte da população defender tendencialmente políticas que a prejudicam, ou o Tribunal Constitucional informar as suas decisões pelo seu interesse próprio.
Sobre a ausência de limites, penso que não tens problemas em compreender que uma pessoa atirar-se de um avião sem para-quedas é um bilhete para a morte, independentemente de existirem casos de pessoas que sobreviveram a saltarem/serem ejectadas de aviões sem paraquedas funcionais. E que não tens problemas em compreender isso sem precisares de limites. Aqui é o mesmo, o que era permitiddo na URSS era mínímo (e ainda assim mostrava a superioridade da propriedade privada), o que é permitido na China é esmagador e consegue dinamizar toda a economia.
Ou seja, não existe grande dúvida de que a URSS era socialista, de que que a China não é socialista/comunista.