Israel é um excelente exemplo de quem não aceitou que os islâmicos ou outros lá fossem dizer-lhes como haviam de viver, coisa que os europeu, fruto do politicamente correcto, não são capazes (parece haver alguns sinais de que finalmente começam a perder a paciência - dinamarca, italia, polonia, hungria, até a merkl já começou a abrir os olhos).
No resto dos países, multiculturalismo = temos de mudar os nossos hábitos para não ofender os coitadinhos que vêm para cá. As estátuas romanas ofendem os senhores ? Tapam-se. Os crucifixos ofendem os senhores ? Tapam-se. As meninas não podem ir à piscina ? Abre-se uma excepção. É este o multiculturalismo dos europeus. Baixar as calças a tudo. Faz lembrar os romanos.
Aliás, os ciganos são um excelente exemplo do multiculturalismo. Há mais de 500 anos em Portugal e ainda não se adaptaram. Queixam-se sistematicamente de racismo e discriminação e ouve-se falar deles muito mais do que se devia ouvir, atendendo à tal % ínfima que representam na população.
Vieram os africanos, integraram-se. Vieram os judeus, integraram-se. Vieram os brasileiros, integraram-se. Vieram os povos de leste, integraram-se. Vieram os indianos, integraram-se. Vieram os chineses, integraram-se. Só os ciganos é que continuam com problemas de integração. Mas o mal é nosso, claro.
Quanto à % infima... os ciganos em Arraiolos, Estremoz, Vila Viçosa, Elvas e Campo Maior também são uma ínfima % da população. Agora vão lá falar com a polícia local e logo vêem a % de incidência que têm nos crimes locais contra o património.
E as claques de futebol ? Para quê tantos cuidados. Também são uma % minoritária de pessoas num estádio de futebol. Que discriminação tratarem-nos como se fossem selvagens.
Muita coisa misturada, vamos lá por partes:
- Israel: comparar um Estado com umas dezenas de anos de idade, passados na sua totalidade em Estado de Guerra com os seus vizinhos muçulmanos devido a questões de ocupação de terras que serão discutíveis com pano para mangas, com países com séculos de história que viveram, com as suas guerras pontuais, relacionados uns com os outros e com o resto do mundo, é obra.
- Os islâmicos vieram dizer-nos como devemos viver? Estátuas romanas tapadas por ofender quem e onde? E os crucifixos, onde? E que meninas é que não podem ir à piscina?
- Ora, os ciganos são um belo exemplo sim. Sim, estão por cá há 500 anos, não se adaptam, mas não é que continuam a ser uns míseros % da população e que não ficou a população toda cigana? Porque é que haverá de ficar tudo árabe, ou tudo africano?
Os ciganos para mim é simples, só deviam ser obrigados a cumprir a lei, e sem medo. Se for preciso reforçar contingentes policiais para lidar com eles, que seja. Agora, as meninas menores têm que ir à escola e eles não podem ocupar propriedade privada nem fugir aos impostos. E só o fazem porque os deixam. Agora isso não implica que tenhamos que discriminar alguém apenas por ser cigano, se ele não se comportar com as piores características destes. Pode haver ciganos bem sucedidos e dentro da lei. A cultura pode ser a deles, porque as culturas não se anulam se se respeitarem mutuamente, se coexistirem. Num Estado laico como é o nosso, não é impingida nenhuma religião a ninguém, e com a cultura deve ser igual. Cada um deve preservar a cultura e as tradições que achar melhor, a não ser que atente contra os direitos humanos. Para assegurar estes, existe a lei.
- Chineses. Vieram os chineses e integraram-se? Quantas queixas eu não ouvi já contra as lojas dos chineses que vieram impestar o país. Ou dos indianos, que vieram ocupar o Martim Moniz. Enfim.
- Confundir claques de futebol com culturas/nacionalidades/religiões não pode ser sério, a não ser que seja por uma analogia do género: As claques de futebol (falando do nicho violento destas) estão para o conjunto global de adeptos de futebol como os terroristas islâmicos estão para os islâmicos em geral.
Quanto à treta da conversa das cruzadas, ainda não percebi o objectivo. Se queremos ser puristas, nem cristãos, nem árabes, nem pagãos (romanos), deveríamos hoje em dia ser todos iberos ou celtas, é isso? Já que foram os primeiros (pelo que se sabe) deveríamos ainda hoje seguir a religião que eles seguiam, falar a língua que falavam, escrever como escreviam, e rejeitar toda e qualquer cultura absorvida de outros povos posteriormente, é isso? Se o objectivo é rejeitar os muçulmanos devido à sua agressividade na altura das cruzadas, acho que pela mesma lógica devemos impedir a chegada de turcos, gregos e italianos (romanos) ao nosso país devido à agressividade com que esses povos na antiguidade nos invadiram e chacinaram, é isso?