Como é bem patente por aquilo que escrevo, os ciclos e padrões sazonais representam um guia muito importante no meu trading pessoal. Aliás, conto iniciar um novo tópico focado em oportunidades que apresentem uma elevada probabilidade de ganho com uma relação recompensa versus risco muito favorável.
O final do ano com o habitual rally de natal, na 2ª metade de dezembro, constitui um desses padrões bem conhecido dos traders. Contudo, resolvi estudar se a subida se prolongava ou não no início do novo ano (1ª quinzena de Janeiro) e são esses resultados que mostro no quadro anexo do SPX (cash), entre 1990 e 2014.
O período está dividido na 3ª e 4ª semanas de dezembro, mais a 1ª e 2ª semanas de janeiro. A 3ª semana de dezembro é a que precede a semana de natal e, normalmente, inclui a expiração trimestral de futuros. A 4ª semana prolonga-se até ao final do ano, mas devido aos feriados não tem mais de 6 sessões. Quanto a janeiro, a 1ª semana pode ter apenas um par de sessões e, se o dia 2 for uma sexta, estende-se pela semana seguinte, pelo que a 2ª semana termina entre os dias 10 e 16.
Posto isto, é óbvio que a força de dezembro não tem paralelo em janeiro, logo há um padrão de natal mas não de ano novo. O autêntico rally de natal dá-se ainda antes das festividades, sendo muito raro que a 3ª semana termine negativa − apenas 5 anos em 25 e com a maior perda de
-1,1% (2006) a contrastar com o maior ganho de +5,4% (1998). Este ano não foi exceção e a subida de +3,4% está mesmo no pódio dos últimos 25 anos!
A semana final do ano, que pode incluir alguns dias que precedem o natal, também se mostra forte na maioria dos casos, mas regista 5 ocasiões com perdas pouco superiores a
-1%.
No que se refere a janeiro, é visível que não existe nenhum padrão fiável no início do ano, ainda que o pendor geral seja ligeiramente positivo. Aliás, há mesmo 4 anos (1991, 2005, 2008 e 2009) que começaram bastante mal com quedas em ambas as semanas, por vezes fortes!
Mesmo assim, no conjunto destas 4 semanas que marcam a transição entre o velho e o novo ano, há apenas 5 em 24 (2014-15 ainda não está incluído) ou somente 20% com um total negativo, apresentando uma valorização média de 2,3%.
Em conclusão: a boa oportunidade já passou... bem ganhou quem a aproveitou!