1-o ulisses eh ladrao, nunca o insultei pq eh tudo verdade e foi provado varias vezes
2-o thorn eh cumplice dos cumplices do ulisses, tb so disse a verdade aqui
3-o vifer esta-me sempre a atacar primero e eu respondo (e nunca me queixei de ele ser um chato e perseguir-me como um apaixonado)
4-tu foste agressivo primeiro: "Tu é que tens uma abordagem de amador à ciência. Engoles tudo o que cheire a anti-PC. Vê lá se aprendes um pouco mais"
Eu escrevi isso depois de tu teres dito que eu não sabia nada de estatística, que não via a coisa "óbvia" de o lab ser lá em Wuhan, vê lá atrás.
e isso ofendeu-te? eh que a tua afirmacao nao fazia sentido probabilistico e ja numa outra conversa tinhas demonstrado confusao em relacao a probabilidades e estatistica.
tudo bem, podia ter sido mais neutral e explicado o erro de probabilidade que fizeste nas afirmacoes. o problema foi o teu argumento do mercado, ha muitos mercado pela china toda.
mas so ha um lab daqueles
Não. Tu estavas a notar que há mum lab de referência em Wuhan e que foi lá que começou o surto, e daí a deduzir que essa coincidência era estatisticamente improvável, e depois a acrescentares que eu sou tão ignorante em estatística que não tinha pensado nisso. Claro que eu já tinha pensado nisso há que tempos. Já agora eu também podia dizer que és ignorante em estatística por não te teres lembrado que, mesmo sendo as mutações favoráveis a tornar-se pandémico, num vírus animal, improváveis, elas ficam menos improváveis se considerarmos que por cada coronavírus que gerou pandemia (um) houve milhares ou milhões que passaram para humanos através da bushmeat sem causarem pandemia.
nao, estas enganado, nao conheces os numeros. estas a ver, o teu erro esta exactamente nessa frase onde achas que me apanhaste. nao me apanhaste nada, es apenas ignorante da matematica.
e nao estou a tentar embirrar, ok. vou explicar.
essas probabilidades estao calculadas mas tu nao as conheces. sao tipo... qs zero. mesmo depois do efeito de muitos saltos de que falas
o problema eh que ha muitas mais possiveis mutacoes do virus pouco contagiosos que podem saltar com "infinita" mais probabilidade para a especie humana
e a tua observacao nao afecta essa probabilidade "infinitamente" maior. o teu argumento so faria sentido se tivessemos muitos milhoes de virus bem sucedidos todos os anos
a saltarem para a nossa especie, desse milhoes um ou outro em bilioes poderia ser contagioso como o covid. nada disso acontece, sao felizmente poucos os virus que saltam
com sucesso. e os que saltam nao sao supostos ser muito contagiosos. esta confusao argumentativa tem origem na falta de conhecimento matematico da tua parte.
e portanto um virus assim tao contagioso no primeiro salto nunca aconteceu antes, podes procurar
neste momento esta toda a gente com cuidado pois precisamos da china. mas daqui a 2 anos o assunto vai reaparecer e ai vamos saber a verdade.
lembra-te depois quem tinha razao e entretanto para la de criticar cientistas famosos que dizem que o virus foi feito num lab e que tem mais pergaminhos q 99% dos restantes no mundo
isso eh duma grande arrogancia tua qd nem sequer te deste ao trabalho de estudar o assunto
Olha pá, eu vou desculpar-te por dizeres que eu "não sei de matemática" e outras coisas tipo ad hominem. Vamos lá, estás sempre a insultar, és muito convencido, mas desta vez faço de conta que não reparei.
Vamos lá ao teu argumento acima. De facto, é possível que as probabilidades de um vírus animal obter assim de uma assentada as mutações exactas que o tornariam adaptado ao humano seja tão tão pequena, que mesmo após milhões de saltos animal-humano (chamamos-lhes cross-species transmissions
, CST) nenhuma variante adaptada apareceria. Isto é o que tu estás a dizer.
Esse argumento é válido. Mas não estás a contar com a evolução por selecção natural entre vírus dessa mesma espécie que estão todos dentro de um só hospedeiro. Essa selecção existe, isso fornece o mecanismo para vir a ser atingida a adaptação. Vou dar um exemplo com o SARS-Cov-2. Milhões de vezes vírus SARS-Cov-2 saltaram para humanos através da bushmeat, mas nenhum se adaptou. Vamos admitir que mesmo em milhões de casos a probabilidade de algum que salta estar logo bem adaptado é zero. Ok. Mas isso aplica-se à probabilidade de ele estar logo bem adaptado à partida, no momento da transmissão.
Mas acontece que, quando o vírus passa para um humano, começa a replicar-se durante as primeiras 2 semanas antes de as defesas imunitárias o destruírem. Como os vírus têm um tempo de geração muito pequeno, 2 semanas para eles são como milénios para nós. Vão-se formar em poucos dias muitas linhagens do vírus (isso chama-se uma
quasi-species) dentro daquele hospedeiro humano. Essas diferentes variantes têm diferentes capacidades de resistir às respostas imunitárias. Mas as que resistem melhor vão gerar muito mais progenia. Logo, ao fim de 2 semanas a média em termos de nível de adaptação ao organismo humano já é muito melhor do que era no início.
Podes ver esse processo em acção, comprovado por análises das sequências virais, no artigo Demma 2005 que eu estou a colocar em anexo. Basicamente, um SIVsmm (do sooty mangabey) acabou por se adaptar a uma nova espécie de macaco, o rhesus, e todo o processo durou não mais que 2 semanas. Conheço este artigo há anos, pois ele é relevante para o meu trabalho.
Mas esse nível de adaptação é ainda muito incipiente e portanto, mesmo nesses casos o vírus acaba por ser destruído pelo sistema imunitário -- senão tínhamos 1000 pandemias a começarem em cada dia.
Mas, por cada evento desses de adaptação intra-host, às vezes, só às vezes, o vírus tem a sorte de, durante essas 2 semanas que são a janela de tempo que ele tem, saltar para um 2º hospedeiro humano. Se isso acontecer, ele entra no 2º hospedeiro já mais adaptado do que quando entrou no 1º. Começa o mesmo processo de selecção de variantes. Ao fim de 2 semanas no 2º hospedeiro ele está mais adaptado do que quando saiu do 1º.
Se isto acontecer numa série com 3 ou 4 hospedeiros, o vírus poderá sair já melhor adaptado. A este processo que envolve transmissão serial chama-se
serial passage ou serial transmission e também ajuda à adaptação. Aí poderá gerar um surto epidémico.
Mas dentro daqueles que geram surtos epidémicos a maioria vão ser pequenos surtos. Até que, ao fim de séculos, um dos surtos epidémicos pode ser pandémico. A diferença entre gerar só um pequeno surto ou gerar pandemia poder ser ou porque se adaptou ainda melhor, ou porque havia condições de conectividade nos humanos altas, como há agora, ou uma mistura das duas coisas.