Interessante de facto. Mas demasiado técnico. Para o comum dos mortais, acho que o autor queria ser isto:
Como qualquer banco central que se preze, o banco central do Brasil (BC) também gosta de meter a sua colherada no mercado cambial de vez em quando. Mas como existe controlo de capitais no Brasil, lá ligaram o "complicómetro" e saíram com a brilhante ideia de fazer swaps cambiais (o "reverse swap", no caso brasileiro, nem sequer existe na prática. Só existe um tipo de swap que o BC compra e vende. O mercado optou por lhe chamar "reverse swap" quando o BC está a vender. Não é um swap distinto).
Mas o objectivo é o mesmo: comprar e vender USD. Só que na forma de swap, para não terem que existir trocas de BRL e USD.
O real está a desvalorizar-se mais do que o BC gostaria? Saem uns swaps cambiais. Ou seja, o BC vende USD e compra BRL, disfarçados em forma de swaps.
O real está a valorizar-se demasiado (na opinião do BC). Saem também uns swaps cambiais. Só que desta vez o BC vende os swaps. E o mercado chama-lhes reverse swaps. O objectivo: comprar USD e vender Reais.
Como existe um mercado onshore e um mercado offshore para o real, naturalmente que os efeitos nem sempre são os desejados. Mais ainda quando algumas grandes empresas brasileiras têm grandes exposições cambiais e são bastante activas na gestão dessa exposição (não estou a dizer que o fazem bem, só estou a dizer que o fazem muito activamente!).
E quantos bancos centrais não falharam os alvos nos últimos anos? O banco central do Brasil não foi caso único de falhar a pontaria. As miras do Banco do Japão e do Banco Central Europeu também não andam muito afinadas...