A muita gente repugna o sangue, mas o touro quando é farpado não se conterce, não muge nem foge de dor, não se vê a rebolar para tentar retirar as farpas, nem se vê a tentar lamber as feridas. Agora uma história ficcionada.
Certa noite fui passear com o meu cão e conheci uma bela rapariga que estava com sua cadela com o cio, por isso tive segurar bem o meu cão, a cadela era de raça diferente e a dona não queria ninhadas de mistura. Fiquei fascinado com a moça, ela despertou-me a libido e pelos inuendos sexuais que me lançou, percebi que o interesse era recíproco, mas tivemos de nos separar abruptamente porque entretanto chegou um rapaz com cinco corpulentos cães pela trela, daqueles com mandíbula gigante e que quando defecam é logo ao meio quilo de cada vez, começando a farejar na direcção da cadela, levou a jovem retirar-se pois o dono não pareceu ter capacidade dos conseguir controlar. Eu também tive de fazer um esforço enorme para segurar o meu, pois este estava com interesse em se juntar à matilha e em cheirar o cú dos outros e o pior foi quando ele quis dar uma mijada por cima da que um dos outros deu à porta do café, a marcar território, mesmo quando o empregado estava a chegar.
Fui para casa, assim que entro, confirmo que tranco a porta à chave, porque uma vez o cão aproveitou que eu não estava presente abriu a porta apoiando-se no trinco e evadiu-se. Tudo resolvido, sirvo a comida ao cão e ele abana o rabo de felicidade, foi um belo dia para ele, mas entretanto ouço o cão da vizinha a ladrar e antecipando-me reprimo o meu para que não se junte e tenha depois de aturar as reclamações dos outros vizinhos. Também para mim foi um belo dia, estou trancado em minha casa, coberto por um tecto e conheci uma bela rapariga, não a papei, mas fica para uma próxima.
Só o jantar na casa do meu primo ia correndo mal, quando disse que queria coelho para o jantar e ele pega na pressão de ar e dirige-se à coelheira, tive de gritar. i
-Pára, vamos ao supermercado, que eu gosto de coelho mas daquele que vem embalado em covete e de preferência sem a cabeça. Porque longe da vista, longe do coração.
O último parágrafo se calhar era desnecessário, mas não resisti a uma provocação preconceitosa.
Agora uma pergunta, a quem tiver paciência de ler a ficção. Qual dos animais sofre menos? Gostaria principalmente da opinião de um dos urbanos, que quer decidir como deverá viver o Portugal rural, porque está na maioria