Zenith, já foram ridicularizadas várias situações, como por exemplo:
a) Aquelas que um dia acordaram e se lembraram que um tipo, há 20 anos, lhes tocou na perna
b) Aquela (história verídica) que diz que foi violada porque foi para o apartamento beber uns copos e ele a forçou ou tentou forçar a ter relações sexuais, mas que depois de ter sido "violada" ficou a ver um filme com o memo tipo (como se fosse a coisa mais natural do mundo ficar a ver um filme, talvez até a comer pipocas, com o seu violador)
c) Gajas da indústria da moda ou do cinema que se prestaram a um serviço sexual em troca de subir na carreira ou obter um papel (foi um mero negócio voluntário entre partes), tanto mais ridículos por nem conseguirem fazer prova de que houve uma relação sexual, quanto mais o resto.
Nada disto é remotamente parecido com uma miúda drogada, inconsciente, ser fodida por cinco individuos (em que é provada a inconsciência, os autores e a existência das várias relações sexuais). Eu não sou jurista e, obviamente, não sei escrever leis, mas será surpreendente que uma lei, para cobrir um caso evidente de violação como este, tenha de incluir os outros casos absurdos.
O Ventura é um populista e vão é aproveitar as deixas. Neste caso, se aproveitasse, era mais ou menos assim: "veja bem Sr. PM, aqui ao lado, uma jovem de X anos estava inconsciente, foi violada por 5 individuos (se foram estrangeiros ainda melhor) e o tribunal diz que não é violação. E a nossa lei ainda é pior".
Eu sei que o Ventura não vai fazer um chavo. Sei é que é ele que vai aproveitar estes casos à la Correio da Manhã porque, em boa verdade, ninguém fez nada antes para aperfeiçoar a lei (que tende a desculpabilizar ou atenuar por tudo e por nada - politicamente correcto).