Esse é muito rasteira.
Não gosto de nazis e tenho repugnância por muito do que fizeram.
Simplesmente sou anti-imigração. Não sou adepto do multiculturalismo e não quero que Portugal se transforme num grande Martim Moniz.
Não é rasteira nenhuma. Se calhar não eras capaz de os meter todos em câmaras de gás, mas o desprezo pela sua existência e humanidade é similar.
Tenho reparado que o teu pânico em particular é a cultura portuguesa desaparecer (seja isso o que for, já fomos celtas, visigodos, barbaros, lusitanos, romanos, árabes, cristãos, enfim...), ou a cultura europeia desaparecer.
Porque não colocamos isto por números?
O número de estrangeiros em Portugal é menos de 5% da população, e os imigrantes que chegaram à Europa desde 2015 equivalem a cerca de 0,7% da população europeia.
Vem aí o Apocalipse!
Menos.
Primeiro, eu nunca defendo fazer mal a ninguém. Apenas sou contra a imigração para Portugal.
Se é para os ajudar, financiem-nos nos países à volta onde está a maioria, onde os mais frágeis ficaram e onde o custo de vida é mais baixo. Todos podem ajudar. Agora ficarem em Portugal e ficarem com uma parte do nosso país não.
Imagina que um tio rico teu morria e te deixava um casarão no centro de Lisboa, a ti a a mais 2 primos teus. Iam viver para lá. Os teus primos tinham cada um deles um amigo e, como o casarão tinha muitos quartos, iam tb viver para lá. Passados uns anos, eles queriam ser co-proprietários do casarão. E tu, em vez de ter 1/3, passavas a ter 1/5.
Aceitando os teus números, temos 5% de estrangeiros, mas eles têm uma idade média menor, logo serão uns 10% dos jovens e uns 15% das crianças. E isso acresce muitos filhos de estrangeiros que são já considerados portugueses. Há muitas áreas do país em que mais de 20% dos que nascem são descendentes de estrangeiros.
Relativamente ao meu pânico pela cultura portuguesa desaparecer, penso que andas distraído e leste mal o que tenho escrito. Até já escrevi aqui que o meu motivo prncipal é puramente darwiniano. Penso que o território português deve ser reservado para os descendentes dos portuueses e não para os descendentes dos estrangeiros.
Sim, se mesmo 15% contra 85% é uma ameaça darwiniana para ti (e isto é imaginando que há de facto um combate, o que é ridículo imo), está bem, cada um com as suas preocupações.
Gostava de saber se partilhas a mesma opinião sobre as Américas, ou África, onde o branco foi aí sim, colonizar e hoje em dia desrespeitar e totalmente desprezar os originários índios/africanos. Basta ver o que está a acontecer com as comunicadas indígenas brasileira e norte-americana. Vá, eu sei que para a malta como tu só interessa o próprio umbigo, mesmo quando se tratam de casos que, apesar de totalmente desproporcionais, envolvem o mesmo princípio.
Quanto ao nazismo e o fascismo serem socialistas eu nunca discordei, aliás, por alguma razão acho um contra-senso pessoas conservadoras e nacionalistas considerarem-se liberais, mas aqui parece que é moda.
Um texto que li hoje num grupo sobre ciência do Facebook:
Ricardo Lopes "Que espécie alguma vez existiu cujos indivíduos davam valor a todos os outros indivíduos da espécie? Nenhuma. E por uma razão muito simples: dentro da própria espécie têm de competir por recursos limitados. No caso dos humanos, por sermos sociais, no máximo queríamos saber do nosso próprios grupo. Grupos que estendessem a mesma preocupação moral a outros grupos desapareceriam, por uma razão simples: seriam prontamente explorados pelos outros grupos que contivessem pessoas que só queriam saber do seu próprio grupo. Foi assim que evoluímos. O resto é cultura a fazer expandir essa moralidade evoluída. Mas a moralidade evoluída em si nunca daria origem a direitos humanos, nem a ninguém que quisesse saber da humanidade inteira.
Aliás, nem nós hoje em dia queremos saber na realidade. Podemos dizer que gostamos de saber, agora quem é que realmente quer mesmo saber de toda a gente?"
Todos nós podemos dormir mal por termos o carro avariado, termos discutido com o cônjuge ou o filho doente. Quantas vezes tiveram dificuldade em adormecer por existir fome no mundo? Quantos de nós já contribuímos materialmente ou com esforço para as vítimas de guerra na Síria? Qual a magnitude dessa contribuição?
Gosto de ajudar, mas quero que essa ajuda seja voluntária. Poder ajudar quem quero, quando quero e como quero. Não me considero muito generoso e não penso que tenha feito grandes sacrifícios ao ajudar. Mas já ajudei muita gente, no meu país e fora dele. Certamente mais do que muitos solidários de boca.
O pessoal de esquerda considera que tem uma dívida para com o mundo e quer pagá-la com o esforço dos outros.
Adoro muito pessoal de esquerda que nunca levanta o cú da cadeira para ajudar ninguém e chama egoístas aos outros. Às vezes até criticam quem ajuda, como no caso do banco alimentar contra a fome.
Do ponto de vista Darwiniano não tem que existir uma guerra e perda de território. Basta que outro povo colonize o teu território.
Os índios devem ter os seus direitos respeitados. No passado isso não aconteceu aos índios (nem a qualquer outro povo invadido por povos mais fortes). Actualmente as coisas estão melhores, embora ainda longe da perfeição.
Finalmente, não vejo qualquer contradição entre ser conservador e ser liberal. Embora eu não me considere um conservador. Para mim, algumas coisas estão bem, outras nem tanto e poderiam mudar para melhor.
Eu defendo a família estável (conservador), mas não quero obrigar ninguém a casar (liberal). Mesmo um libertário pode ser conservador (o chamado paleo-libertarismo). "Contrariamente aos conservadores, a postura dos libertários em relação a mudanças não é derivável de seu nome. Embora a expressão libertários denote o alto apreço pela liberdade que esse grupo possui, ser pró-liberdade não necessariamente significa adotar uma atitude especificamente contrária ao status quo — a menos, é claro, que o status quo esteja limitando ou impedindo a liberdade humana." "Um ponto fundamental de tensão entre conservadores e libertários é exatamente essa questão da coerção. Porém, se for aceito que um indivíduo não deve ser coagido a seguir costumes e manter as tradições, então passa a haver vários pontos em comum entre conservadores e libertários. "
E considero também possível ser nacionalista e liberal. Defendo a liberdade de cada indivíduo dentro de cada estado. Cada um de nós deve poder dedicar o seu tempo e o seu esforço (a sua vida) àquilo que considerar mais importante (desde que não prejudique terceiros) e não ter que trabalhar para terceiros ou para objectivos definidos por terceiros.
Do mesmo modo, cada estado deverá respeitar os outros estados (liberal) e dedicar-se a melhorar a vida dos seus cidadãos (nacionalista). Mas não defendo que o indivíduo deva sempre agir de acordo com o interesse do estado (fascismo). O estado não deve ter o direito de obrigar o indivíduo a fazer algo contra o sua vontade.