Verifica o grafico e a noticia que deixei acima.
Podes argumentar que para se poupar 1500 vidas (comparação directa com Dinamarca), muitas das quais já com poucos anos pela frente, não se justifica restringir a liberdade a 10 milhoes.
É um argumento legitimo, mas que entra já mais numa discussão filosófica em torno do valor da vida humana.
Sim, a discussão é meramente nesse plano. Não vejo mais nenhuma utilidade nas comparações.
A mim não é tanto a restrição da liberdade (dito assim parece um capricho), mas sim o nível de matança na economia resultante dessa restrição.
Nós sabemos que morrem anualmente 500 pessoas por ano nas estradas em acidentes de viação (e é muito mais grave do que o covid porque não afecta pessoas velhas, antes pelo contrário, afecta pessoas com longos anos de esperança média de vida, incluindo crianças). Então porque é que não metemos o limite nas estradas nacionais a 50 Kms /hora ? Era expectável salvar muitas vidas, não ?
Não o fazemos porque seria insuportável economica e socialmente. Assumimos mortes para ter uma vida comum melhor.
É por isso que esta coisa do nível do confinamento, se devia ter sido mais ou menos forte, se A ou B fez melhro ou pior não se vai poder discutir de forma racional porque:
a) Não existe uma métrica correcta de mortes por 1M. Tu sabes qual é ? Eu não sei.
b) Vem o argumento pateta de que uma vida humana não tem preço. Aí acaba a discussão porque qualquer pessoa minimamente racional a sabe que salvar essa vida humana (o termo é mais extender, por vezes poucos anos) tem, indirectamente, o preço de muitas outras vidas, via economia.