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Um estudo, apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, revela que as máscaras de tecido e as máscaras cirúrgicas não certificadas são as que têm piores desempenhos na filtragem de partículas. As viseiras são praticamente inúteis.
No que diz respeito aos equipamentos de proteção individual contra o vírus Sars-Cov-2, o estudo conclui que as máscaras de tecido filtram, em média, apenas 11,3% das partículas e as máscaras não certificadas apenas 14,2%. Já as máscaras descartáveis do tipo II tiveram resultados de filtragem semelhantes (47%) àquelas que contêm respiradores KN95 (41%) e respiradores FFP2 (65%). As viseiras praticamente não filtram partículas.
“Sem surpresas, os respiradores FFP2 forneceram o melhor proteção. Os respiradores KN95 tiveram um desempenho relativamente baixo, com eficácias de filtragem a variar de 36% a 47%. Esses resultados são inferiores aos das melhores máscaras faciais cirúrgicas tipo II, cujos desempenhos variaram entre os 13% a 66%. Os resultados são importantes devido ao preço mais elevado e à sensação maior proteção e resistência dos respiradores KN95”, explicaram os autores do estudo da Universidade Phillips de Marburgo, Alemanha.
“As máscaras cirúrgicas com certificação EN 14683 tipo II, em particular, podem fornecer alta proteção com baixa resistência ao fluxo de ar ao mesmo tempo. As máscaras de tecido e máscaras cirúrgicas não certificadas forneceram uma proteção muito fraca. As máscaras de tecido mostraram uma alta variabilidade entre diferentes tipos de máscara”, explicaram.
O estudo comparou 32 tipos de máscara destinadas ao uso em hospitais, incluindo máscaras de tecido e cirúrgicas (médicas), respiradores e viseiras. As máscaras cirúrgicas incluíam algumas com certificação EN 14683 (o padrão de qualidade da UE) e outras não certificadas. Ambos os respiradores FFP2 e KN95 foram testados. Os respiradores KN95, que atendem aos padrões chineses, estavam já sujeitos a alertas de segurança por parte da UE a partir de abril de 2020