Resumidamente, a história da Europa é confundida com a de grande parte do mundo. O continente foi descoberto por volta de 500 a.C., quando os gregos, inicialmente, dominaram e governaram a região. Eles fundaram as primeiras grandes cidades europeias e espalharam sua cultura pelo resto do mundo.
UMA boa parte das pessoas a quem os cristãos do primeiro século pregaram falavam grego. As Escrituras que eles usavam para apoiar a mensagem sobre Cristo eram em grego. Quando os escritores foram inspirados a registrar o que mais tarde se tornaram as Escrituras Gregas Cristãs, a maioria deles escreveu em grego, usando expressões e ilustrações facilmente entendidas pelas pessoas que tinham contato com a cultura grega. Mas nem Jesus nem seus apóstolos, nem qualquer um dos escritores da Escrituras Gregas Cristãs eram gregos
eram da fronteira!
No quarto século AEC, Alexandre, o Grande, derrotou o Império Persa e passou a conquistar outras partes do mundo. Para unificar suas várias conquistas, ele e os reis que o sucederam incentivaram a “helenização”, ou seja, a adoção da língua e do estilo de vida gregos.
Mesmo depois que Roma conquistou a Grécia e acabou com sua autoridade política, a cultura grega continuou tendo forte influência nos povos vizinhos.
a aristocracia romana desenvolveu uma grande fascinação por tudo que era grego — artes, arquitetura, literatura e filosofia —, levando o poeta Horácio a fazer a seguinte observação: “A Grécia, subjugada, subjugou seu feroz conquistador.”
Sob o domínio romano, cidades importantes em toda a Ásia Menor, Síria e Egito prosperaram como centros da cultura grega. Como um fator que contribuiu para a civilização, o helenismo tocou em cada aspecto da vida, desde leis e instituições governamentais ao comércio, à indústria e até mesmo à moda. Normalmente, a maioria das cidades gregas tinha um ginásio onde os jovens eram treinados e um teatro onde dramas gregos eram encenados.
“Devagar e com relutância, mas de forma irresistível, os judeus também foram arrastados para dentro dessa correnteza da cultura helenística
No início, o fervor religioso judeu resistiu às ameaças do paganismo que acompanhavam o influxo do pensamento grego, mas, por fim, muitos campos da vida judaica foram afetados. Afinal de contas, observou Schürer, “o pequeno território judeu foi cercado de quase todos os lados por regiões helenísticas com as quais ele foi obrigado a manter constante contato por causa do comércio”.
À medida que os judeus migravam e se estabeleciam na região do Mediterrâneo, eles passavam a morar em cidades de cultura helenística, onde se falava o grego.
Diz-se que a Septuaginta marcou época. Foi a chave que abriu os tesouros das Escrituras Hebraicas para a civilização ocidental. Sem ela, o conhecimento dos tratos de Deus com Israel teria ficado retido em escritos pouco conhecidos, numa língua não mais entendida amplamente, que não podia contribuir muito para a evangelização mundial. Na realidade, a Septuaginta forneceu o fundo histórico, os conceitos e a língua que possibilitaram transmitir o conhecimento de Jeová Deus a pessoas de várias formações étnicas. Por ser muito conhecido, o grego se tornou um meio incomparável de transmitir verdades sagradas ao mundo.
Assim, quando os discípulos de Jesus começaram a pregar as boas novas nas comunidades judaicas além das fronteiras da Judéia, muitos que ouviram sua mensagem tinham formação essencialmente grega. Essas comunidades eram um terreno fértil para a expansão cristã.