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Autor Tópico: Montepio - Tópico principal  (Lida 268778 vezes)

Counter Retail Trader

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1140 em: 2018-01-13 18:18:04 »
alguem tem que pagar a coca e o luxo   ;D

Beruno

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1141 em: 2018-01-13 18:27:17 »
pois, temos uma vizinha reformada desde os 48 anos do Banco de Portugal. Belas vidas . . . . .

Artista Romeno

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1142 em: 2018-01-13 18:33:59 »
digo que é um jornalismozinho porque ja é pelo menos a quarta vez que se fala precisamente no mesmo. jornalistazecos que sabem que aquilo está falido mas remoem o assunto porque querem que alguem assuma isso e o venha dizer para a rua. isto nao é soluçao, e os jornalistas pensam que estao a fazer o correcto mas nao é isso que vai resolver este problema

nao concordo, tal como nao concordei com a resoluçao do BES. A gestao devia ter sido forçada a sair, e colocado gestao publica com emissao de COCO's, vendendo os ativos do GES, ao que valessem, e gerido a situaçao ate estar resolvido, nem que durasse 80 anos.

O mesmo deveria ser feito com a mutualista. A Gestao forçada a sair, o Estado colocar uma equipe de gestao, emissao de COCO's e resolver a Mutua nem que dure 80 ou 150 anos.

Agora forçar a falencia só porque está de facto falida nao é soluçao. Parece uma frase estupida, mas estao em causa poupanças de centenas de milhares de pessoas
mas tu tens noção que o BES, nem lucrativo é 3 anos depois, nem se sabe se o uso da garantia do estado quando seria devio a perdas galáticas na propria carteira de credito do banco, como pagava os cocos, como o bcp pagou não foi levantando AC's em cima uns de outros, mas no BES o buraco era 3 x maior..... 4.9 MM, mais 2 bi nos obrigacionistas, mais 1Bi da Lone star, e ainda mais de mais de 3.9 bi em garantias estatais que vão ser usadas, quando algo está falido, é limpar o lixo e avançar á americana, na realidade o BES devia ter sido resolvido logo em 2012/2013, o terem andado mais tempo só foi pior.......( a serio que não percebo como ia o BES pagar cocos pa fazer a limpeza só em juros seriam mais de 800 M euros ano, pois 10 a 12 bi de cocos*8%......)
A mutua é da SS, mas o banco que saiba ainda é bdp e é o canal usado para comercializar aquelas cangalhadas...
« Última modificação: 2018-01-13 18:35:24 por Artista Romeno »

Counter Retail Trader

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1143 em: 2018-01-13 18:45:07 »
Façam o exercicio , liguem para o Montepio ou passem por um balcao e perguntem o que é a ass mutualista .
ehehehe

Beruno

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1144 em: 2018-01-13 22:44:03 »
Pois mas nos states ha muito mais leviandade com o dinheiro pois aquilo é uma maquina de imprimir. E alguem que trabalhe num mcdonalds nos states ganha do triplo de quem trabalha num em Pt

Este tipo de soluçoes nao pode ser a 3 ou 5 anos. Tem que ser a 50 ou 100. So assim é que se consegue trazer uma empresa de volta da falencia. E tirar de lá os ladroes, e tentar nao colocar la novos ladroes. Mas pronto, tudo tem que se resolver no prazo duma legislatura para parecer que ha algum trabalho feito nao é verdade?


Reg

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1145 em: 2018-01-13 22:47:42 »
Nos USA vao falencia muitas empresas  e raro uma empresa durar 100 anos  umas sao opadas outras tem fusoes outras desaparecem

por essa logica a nokia devia la ter funcionarios dos partidos da filandia  gerir porque era empresa grande de mais para falir

e nokia nasceu de uma empresa falida de peneus... se nao tivessem deixado cair..nao tinham ganho telemoveis


https://super.abril.com.br/blog/superlistas/9-grandes-empresas-que-ja-mudaram-de-ramo/

tu achas que funcionarios do partidos tem capacidade de mudar rumo?  ou vao la mamar salarios de banqueiros durantes 80 anos

alem disso
portugal tinha muita banca  e ainda tem.. e sector que ha mais

tanto foi que  vontade emprestar levou spreads  niveis ridiculos  e emprestimos empresas faliram do finibanco

« Última modificação: 2018-01-13 23:13:11 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1146 em: 2018-01-15 20:49:59 »
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Qual é coisa, qual é ela, parece o Montepio, mas não é o Montepio ?

Sapo.pt - ECO - 15 DE JANEIRO DE 2018, ÀS 17:43

O Montepio continua aparentemente a ignorar as recomendações do Banco de Portugal e a vender nos seus balcões produtos que parecem ser do banco, mas que na realidade são da Associação.

Qual é coisa, qual é ela, que parece um PPR, mas não serve para a reforma? Parece um depósito, mas não beneficia das garantias do Fundo de Garantia de Depósitos? Paga juros, mas não é um empréstimo? Parece um produto financeiro, mas está fora da alçada da supervisão dos reguladores da banca, seguros e mercado? Tem o nome Montepio, mas não é um produto do banco Montepio?

Para quem não acertou na adivinha, a coisa chama-se Montepio Capital Certo e, segundo a edição deste sábado do semanário Expresso [acesso pago], está a ser comercializada nos balcões do banco, da Caixa Económica Montepio Geral, apesar de ser um produto que serve para financiar a Associação Mutualista.

Foi para evitar uma relação promíscua e pouco clara entre banco e a Associação que os reguladores, nomeadamente o Banco de Portugal, impuseram medidas para que, pelo menos aos olhos dos clientes e dos associados, não houvesse confusão entre uma coisa e outra.

Uma delas era precisamente uma mudança de marca para evitar que os clientes do Montepio comprassem produtos da Associação Montepio a pensar que estavam a comprar produtos do Montepio e que nem sequer têm a garantia do Montepio. Confuso?

Para evitar a confusão, foi noticiado no dia 25 de março de 2017 que “administração do banco tem um mês para escolher um novo nome”. Passou um mês. Aliás, já passou quase um ano e o banco e a Associação continuam a chamar-se de Montepio e, aparentemente, continuam a ignorar olimpicamente a recomendação do regulador e a vender nos balcões de um banco conhecido por Montepio um produto com o nome de Montepio Capital Certo, mas que não é do banco Montepio.

E o que faz o regulador perante este incumprimento? Aparentemente nada. Contenta-se com “um plano de ação” que lhe foi enviado pela Caixa Económica que não se percebe sequer se tem data para ser posto em prática.

Aliás, a supervisão continua a ser um problema quando se fala do Montepio. É verdade que a Caixa Económica tem a supervisão do Banco de Portugal, da CMVM e do Regulador dos Seguros (ASF), mas a Associação Mutualista (que também comercializa produtos financeiros) só é supervisionada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que já confessou “não ter vocação para o fazer”. Tentou passar a supervisão da Mutualista para a ASF, não conseguiu, e a supervisão dos produtos da Associação continua em terra de ninguém.

Aliás, só uma supervisão em terra de ninguém é que daria o ‘ok’ para esta campanha a publicitar o tal produto Montepio Capital Certo: “Como imagina a sua vida dentro de cinco anos? Sentado ao volante do último modelo do seu automóvel favorito ou, quem sabe, a embarcar na sua viagem de sonho? Primeiro passo: defina um objetivo e conte com as séries Montepio Capital Certo. Aplique as suas poupanças de uma única vez e descanse nos próximos cinco anos, sabendo que o seu dinheiro irá crescer e estará protegido em mais de 100% pelo património da Associação Mutualista Montepio e pelos nossos 630 mil associados”.

Para os incautos isto parece melhor do que um depósito, é a última Coca-Cola no deserto dos produtos financeiros. Não quero imaginar a vida destas pessoas daqui a cinco anos se isto lhes correr mal.

No processo de separação entre os Montepios — o banco e a Associação –, os reguladores também impuseram que o banco tivesse uma gestão profissional. Por isso é que o todo-poderoso Tomás Correia deixou de ser presidente em simultâneo do banco e da Associação e entregou a administração da Caixa Económica a José Félix Morgado.

Félix Morgado não completou o seu mandato e, por alegados desentendimentos com Tomás Correia a propósito da cobrança de créditos antigos, vai ser corrido do banco Montepio. Isto é que é uma gestão profissional, Sr. Governador? Ou só se é profissional se se for um yes man de Tomás Correia?

Por falar na administração do Montepio e no controlo ou ausência de controlo do Banco de Portugal, ainda se lembram que o regulador estava há um ano a analisar uma operação contabilística que o banco tentou fazer para maquilhar as contas? O que é feito dessa investigação? O que é feito do administrador João Neves, que na altura foi apontado como sendo arquiteto da operação?

Foi com esta curiosidade que fui consultar a página dos órgãos sociais do Banco Montepio e, adivinha, adivinha, que nome lá encontrei? Acertou.

Counter Retail Trader

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1147 em: 2018-01-15 20:54:55 »
pergunta para queijinho , ha quanto tempo é que isto é feito ?

palhaçada, é so quando lhes interessa ou nao interessa... , acabou a mama de alguem e agora levantam problemas  ;D

Artista Romeno

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1148 em: 2018-01-15 23:19:32 »
pergunta para queijinho , ha quanto tempo é que isto é feito ?

palhaçada, é so quando lhes interessa ou nao interessa... , acabou a mama de alguem e agora levantam problemas  ;D
Antes da mutua não tar como tá lá podiam qual loja de artigos desportivos a vender modalidades associativas que pronto..... agora é muito pior ;)

pedferre

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1149 em: 2018-01-17 11:11:29 »
Cá está a explicação oficial separar as entidades tem "riscos", deixá-los juntas e menos arriscado. :)

Uma separação abrupta entre a Caixa Económica Montepio Geral e a sua accionista única, a Montepio Geral – Associação Mutualista, terá riscos, segundo defende o ministro José Vieira da Silva.

De acordo com as declarações proferidas na audição da comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva diz que há uma "associação história que não se consegue apagar" entre as duas entidades. Fazê-lo, argumentou, "teria riscos para as duas instituições". "Julgo que esse não seja o objectivo de ninguém", frisou.

O Banco de Portugal tem, desde 2015, dinamizado uma distinção entre as duas entidades, obrigando a uma gestão distinta e a uma comercialização diferenciada dos produtos ora vendidos pela caixa ora vendidos pela mútua. "Creio que a associação mutualista e a caixa económica fizeram caminho no sentido de garantir essa separação".

"Será sempre uma autonomização relativa. Ninguém põe em causa que o titular das acções é a associação mutualista. É uma realidade indiscutível", afirmou o ministro. A Caixa Económica Montepio Geral é detida, a 100%, pela associação mutualista presidida por António Tomás Correia, que está disponível a vender uma parcela desse capital. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a estudar a possibilidade de ser compradora – um tema sobre o qual Vieira da Silva recusa qualquer pressão.

Segundo Vieira da Silva, a distinção dos produtos vendidos pode fazer sentido, mas assegurou que as "alterações da estratégia de marketing e do próprio desenho da divulgação de produtos" já ocorreram.

Conforme noticia esta quarta-feira o Negócios, a Caixa Económica Montepio Geral está comprometida a apresentar medidas adicionais para concretizar a execução da separação entre as duas entidades.

O ministro foi chamado ao Parlamento para esclarecer os "contornos" do negocio através do qual a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa admite investir até 200 milhões de euros para ficar com um máximo de 10% do capital da Caixa Económica Montepio Geral. Foi a segunda vez que Vieira da Silva foi convocado para explicar aos deputados.

Artista Romeno

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1150 em: 2018-01-17 11:30:52 »
Cá está a explicação oficial separar as entidades tem "riscos", deixá-los juntas e menos arriscado. :)

Uma separação abrupta entre a Caixa Económica Montepio Geral e a sua accionista única, a Montepio Geral – Associação Mutualista, terá riscos, segundo defende o ministro José Vieira da Silva.

De acordo com as declarações proferidas na audição da comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva diz que há uma "associação história que não se consegue apagar" entre as duas entidades. Fazê-lo, argumentou, "teria riscos para as duas instituições". "Julgo que esse não seja o objectivo de ninguém", frisou.

O Banco de Portugal tem, desde 2015, dinamizado uma distinção entre as duas entidades, obrigando a uma gestão distinta e a uma comercialização diferenciada dos produtos ora vendidos pela caixa ora vendidos pela mútua. "Creio que a associação mutualista e a caixa económica fizeram caminho no sentido de garantir essa separação".

"Será sempre uma autonomização relativa. Ninguém põe em causa que o titular das acções é a associação mutualista. É uma realidade indiscutível", afirmou o ministro. A Caixa Económica Montepio Geral é detida, a 100%, pela associação mutualista presidida por António Tomás Correia, que está disponível a vender uma parcela desse capital. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a estudar a possibilidade de ser compradora – um tema sobre o qual Vieira da Silva recusa qualquer pressão.

Segundo Vieira da Silva, a distinção dos produtos vendidos pode fazer sentido, mas assegurou que as "alterações da estratégia de marketing e do próprio desenho da divulgação de produtos" já ocorreram.

Conforme noticia esta quarta-feira o Negócios, a Caixa Económica Montepio Geral está comprometida a apresentar medidas adicionais para concretizar a execução da separação entre as duas entidades.

O ministro foi chamado ao Parlamento para esclarecer os "contornos" do negocio através do qual a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa admite investir até 200 milhões de euros para ficar com um máximo de 10% do capital da Caixa Económica Montepio Geral. Foi a segunda vez que Vieira da Silva foi convocado para explicar aos deputados.

entretanto vão dizer que a separação é até março blá blá blá.... ring fencing onde ja vimos isto... due dilligence é que nem pensar nisso http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/montepio-recusou-dar-dados-para-avaliacao-pedida-pela-santa-casa?ref=HP_DestaquesPrincipais

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1151 em: 2018-01-17 11:46:16 »
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Quanto vale o Montepio? Muito menos do que a Associação diz que vale

Quanto vale o Montepio? Tomás Correia avalia o banco em 2.000 milhões. Mas o mercado torce o nariz. Múltiplos apontam para um valor de mercado de 1.300 milhões. E não dão mais do que 1.700 milhões.

http://www.sapo.pt/noticias/economia/quanto-vale-o-montepio-muito-menos-do-que-a_5a5da24c6a1af4af3d0f04c8#_swa_cname=sapo_share&_swa_cmedium=web&_swa_csource=whatsapp&utm_source=whatsapp&utm_medium=web&utm_campaign=sapo_share

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1152 em: 2018-01-17 14:29:29 »
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O Montepio está a travar a avaliação pedida pela Santa Casa.

O Haitong Bank ainda não realizou a sua análise aprofundada à Caixa Económica Montepio Geral, como lhe foi pedido há quatro meses pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, por não lhe ter sido facultada pela Associação Mutualista - a dona do banco - parte da informação que solicitou. A Cristina Ferreira conta-nos a notícia, começando por descrever um encontro sigiloso que aconteceu em Dezembro.

https://www.publico.pt/2018/01/17/economia/noticia/mutualista-recusa-dar-informacao-para-avaliacao-da-santa-casa-ao-montepio-1799590?page=/&pos=1&b=stories_cover__regular

Sobre o Montepio, há mais duas notícias a registar esta manhã: as dúvidas levantadas pelos especialistas, que acreditam que a compra pode acabar em Bruxelas (regista o ECO); e o deadline para o plano de separação entre o banco e a mutualista, que é Abril (diz o Negócios).

https://eco.pt/2018/01/17/entrada-da-santa-casa-no-montepio-pode-acabar-em-bruxelas/

Counter Retail Trader

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1153 em: 2018-01-17 15:56:20 »
o Haitong ? lol.... presumo que va financiar a operação tambem  ;D

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1154 em: 2018-01-17 18:32:03 »
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O Montepio Capital Certo não é um depósito!

Publico.pt
 
Caixa Económica Montepio Geral vende um produto financeiro (que não é um depósito), que é de outra entidade, mas que se chama Montepio Capital Certo. Confuso? Tem razões para estar.

A culpa é das autoridades nacionais que ainda não fizeram nada para acabar com a confusão de marcas entre Montepio Geral-Associação Mutualista, que é uma instituição particular de solidariedade social, da Caixa Económica Montepio Geral, que é um banco.

A associação é dona do banco, mas as duas entidades têm contas autónomas. Não é tudo a mesma coisa.

Mas, além de confusa, a situação comporta riscos.

É que o banco continua a vender produtos financeiros que não são seus: são da Associação mas têm o seu nome. É o caso do Montepio Capital Certo, que parece, mas não é, um depósito.

Ou seja, o seu capital não está garantido pelo Fundo de Garantia dos Depósitos.

A garantia de reembolso do capital é da exclusiva responsabilidade da Associação, através dos seus capitais próprios que, em 2015, em termos consolidados, eram negativos em 107,5 milhões de euros, e a informação de 2016 e 2017 ainda não é conhecida.

Acresce ainda que, como o PÚBLICO testou junto de balcões, a informação prestada pode ser muito incompleta e enganadora. Leia-se a ficha de informação do produto: é simplesmente incompreensível.

pedferre

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1155 em: 2018-01-18 09:44:45 »
Qual de vos quer investir nos produtos do "Montepio"? Oportunidade não vai faltar porque eles precisam de mil milhões em subscrições. :)

A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) tem como objectivo colocado pela Montepio Geral – Associação Mutualista captar 970 milhões de euros em produtos de capitalização, uma meta que é considerada "essencial para o sucesso do desempenho da actividade e para o crescimento do activo da MGAM", escreve o Público, citando o Programa de Acção e Orçamento para 2018 da Mutualista.
Os produtos de capitalização não são depósitos e a associação já os disponibiliza através do banco, escreve o diário que dá um exemplo: o Capital Certo. Nestes casos, o capital não é garantido pelo Fundo de Garantia de Depósitos, mas sim pelos capitais da própria mutualista que, em 2015, eram negativos. O mesmo indicador não é conhecido para 2016 e 2017.
O objectivo de 970 milhões de euros é aliás composto por duas parcelas: 370 milhões captados há cinco anos que se espera que o banco consiga renovar, e outros 600 milhões de novo investimento, lê-se no mesmo documento, que explicita que o montante previsto "incorpora o pressuposto de reaplicação da quase totalidade dos 370 milhões de euros das séries Capital Certo que vão vencer durante o ano e a captação de cerca de 50 milhões de euros de novas poupanças por mês".
A ambição das metas está a preocupar o sindicato do sector pela pressão que possa vir a ser exercida sobre os funcionários: "o objectivo fixado não é impossível de atingir, mas é muito difícil (…)", diz ao Público Álvaro Ricardo, director do Sindicato dos Bancários do Norte, que se diz também preocupado com "a pressão que vai ser exercida sobre os funcionários para cumprir o objectivo fixado".
A venda de produtos financeiros dos accionistas dos bancos nos balcões das instituições financeiras é um dos grandes temas da crise bancária portuguesa, por ser uma prática comum que acabou por lesar muitos clientes que julgavam estar a fazer investimentos seguros. Quando as instituições caíram, muitos ficaram sem o dinheiro, e reclamam ter sido enganados.
Este tipo de prática gerou também conflitos entre reguladores: quem é o responsável pela supervisão da venda destes produtos aos balcões? O Banco de Portugal, que regula os bancos? A CMVM, que regula os mercados? Bom, neste caso, o produto em si não regulado nem por um, nem por outro, mas sim pelo próprio Ministério da Solidariedade e Segurança social, que é o regulador das mutualistas.
Vieira da Silva, citado pelo Eco, afirmou que os produtos da mutualista são analisados por técnicos da Segurança Social, e que têm respeitado a legalidade. "Não temos nenhuma informação de que haja incorrecção ou ilegitimidade nesses produtos", disse.
« Última modificação: 2018-01-18 09:49:55 por pedferre »

Automek

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1156 em: 2018-01-18 09:51:32 »
O Montepio Capital Certo da mutualista não é responsabilidade dos reguladores (nem da CMVM, nem do BP). O ministro da seg social, por seu lado, já disse que não há nenhuma infracção à lei mas que está atento (estes gajos dizem sempre que estão atentos mas, na verdade, nunca vêm os problemas à frente dos olhos).

Toda a gente a ver a barracada que isto vai dar e no final a CMVM e o BP lavam as mãos e dizem que não tiveram culpa porque não tinham responsabilidade de supervisão. Entretanto o ministro provavelmente já nem é ministro e o único responsável vai ser mesmo o contribuinte para arcar com os indignados da mutualista.

pedferre

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1157 em: 2018-01-18 10:01:34 »
O Montepio Capital Certo da mutualista não é responsabilidade dos reguladores (nem da CMVM, nem do BP). O ministro da seg social, por seu lado, já disse que não há nenhuma infracção à lei mas que está atento (estes gajos dizem sempre que estão atentos mas, na verdade, nunca vêm os problemas à frente dos olhos).

Toda a gente a ver a barracada que isto vai dar e no final a CMVM e o BP lavam as mãos e dizem que não tiveram culpa porque não tinham responsabilidade de supervisão. Entretanto o ministro provavelmente já nem é ministro e o único responsável vai ser mesmo o contribuinte para arcar com os indignados da mutualista.
Se nem a Santa Casa quiser entrar na associação entram os "patos bravos" a subscrever os produtos mais seguros que o seguro. Que depois vão ser salvos pelos impostos dos "patos bravos" dos contribuintes. :)
« Última modificação: 2018-01-18 10:02:27 por pedferre »

Artista Romeno

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1158 em: 2018-01-18 10:18:18 »
O Montepio Capital Certo da mutualista não é responsabilidade dos reguladores (nem da CMVM, nem do BP). O ministro da seg social, por seu lado, já disse que não há nenhuma infracção à lei mas que está atento (estes gajos dizem sempre que estão atentos mas, na verdade, nunca vêm os problemas à frente dos olhos).

Toda a gente a ver a barracada que isto vai dar e no final a CMVM e o BP lavam as mãos e dizem que não tiveram culpa porque não tinham responsabilidade de supervisão. Entretanto o ministro provavelmente já nem é ministro e o único responsável vai ser mesmo o contribuinte para arcar com os indignados da mutualista.

Se nem a Santa Casa quiser entrar na associação entram os "patos bravos" a subscrever os produtos mais seguros que o seguro. Que depois vão ser salvos pelos impostos dos "patos bravos" dos contribuintes. :)

Aquilo que eu disse na TV, sobre o montepio, repito não são 200 Milhões que resolve o problema do montepio, ve se agora k a mutua ta a pedir 1 bi aos clientes mas isso nao altera em nada a situação patrimonial deles so baixa em uns pontos % a exposição ao banco montepio através da participação acionista que ainda assim andará nos 50% mesmo que eles consigam isto, deixo o link outra x
, parece que la no fundo foi premonitorio sobre esta noticia
« Última modificação: 2018-01-18 10:26:13 por Artista Romeno »

pedferre

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Re: Montepio - Tópico principal
« Responder #1159 em: 2018-01-18 10:22:36 »
E o montepio tem uma sorte (e nós contribuintes temos um azar) porque apenas os 5 maiores bancos são supervisionados pelo BCE, o que deixa o Montepio de fora e sujeito apenas às "autoridades" nacionais. :)