Pelo contrário, a ideia de que o que achamos desejável deve ser obrigatório e o que não achamos desejável deve ser proibido está na base da acção de muitos lobbies e interesses particulares.
Se o Estado for estruturado para respeitar as diversas opiniões e opções individuais, o lobbying em muitos casos perde a razão de ser.
(o lobbying necessita que exista arbitrariedade no Estado, em vez do respeito máximo por todas as opções individuais)
O lobbying é parcial, trunca o livre discorrer no exame de uma questão.
Por tal atitude, o lobbying não tem seriedade intelectual.
Os cidadãos e suas associações devem livremente discutir
o que bem entenderem e é saudável que exprimam
e defendam as suas opiniões.
Se um cidadão passa de governado a governante
a sua obrigação é zelar pelo bem comum da sociedade
e dos concidadãos. Nessa qualidade, cumpre-lhe decidir
e independentizar-se de qualquer subordinação
a interesses particulares.
Um intelectual sempre manterá o seu espírito no exame crítico
das opiniões próprias e alheias sobre que se debruce.
Se um intelectual governar, deve demitir-se
se discordar de uma orientação
que avalie nefasta.
Antes, durante e depois de ser governante,
é intelectual, sábio, honrado, nobre.
Assim, fará como Platão: «
Por onde a razão,
como uma brisa, nos levar, por aí devemos ir.»