Que comédia, esta de Tancos.
Primeiro ficámos a saber que os militares não sabem guardar armamento, nem sequer sabem o que têm. Depois que o paiol não tinha alarme nem vigilância e que os tipos que fazem as rondas andavam com armas descarregadas. A seguir que o material, se calhar, nem podia ser usado porque já estava obsoleto. Depois que, no limite, poderia até nem ter havido roubo. Mais tarde, quando apareceu uma caixa que não estava no inventário, percebemos que nem sequer sabem que material é que existe ou não. E, quando parecia que a festa tinha terminado, eis que, afinal, ficámos a saber que, ao contrário do que disseram, ainda há material por recuperar.
No meio disto tudo passou mais de um ano, ninguém sabe o que aconteceu e a única certeza que se tem é que o ministério público revela a celeridade habitual de todas as investigações (devagar ou parado), o ministro da defesa é um estarola que já devia ter sido demitido e o mesmo acontece a meia dúzia de indivíduos nas forças armadas, a começar pelo "diz que disse mas não disse" do chefe maior.