A questão é: quanto é que um enfermeiro com 20 anos de serviço a fazer banco deve receber ao fim do mês.
O País tem que saber o que é que quer. Se quer ter um SNS, uma rede de ensino pública, uma polícia judiciária competente e funcionários motivados e sabedores tem que pagar às pessoas e tem que criar as condições para que os melhores queiram servir o Estado.
Se não quer nada disso e nem tem dinheiro para o fazer que se deixe de hipocrisias, que se deixe de achincalhar os profissionais e passe-se tudo para o privado.
Mas, de uma vez por todas, pare-se com o achincalhamento público de quem serve o Estado. Recorde-se que os funcionários públicos, na sua maior parte, foi por concursos públicos documentais que acedeu aos seus postos de trabalho. Os funcionários que trabalham por via do factor C, fazem-no com o beneplácito dos partidinhos desta república.
Parece que só os invejosos, os comentadores da SIC e os partidecos do sistema desconhecem esta realidade.
A propósito de uma série de comentadores que, citando este comentário que acima transcrevo, parecem querer esquecer que a maioria dos funcionários públicos acederam ao seu posto de trabalho por mérito, faço notar que sei que há quem trabalhe na função pública via 'factor C'. (Daí ter agora sublinhado o trecho em que o afirmo).
Faço notar que a
malta da p'litka, sabendo exatamente quem é que colocou via 'factor C', quando e em que posto, alardeie desenvergonhadamente discursos tribais contra os funcionários públicos:
Nós, os (supostos) pagadores de impostos, contra eles, os (putativos) indignos parasitas. Chama-se a isto populismo bacoco... Mas qual será o Baldaiazeco que pode ter coragem para o denunciar?... Era bom, era...
Faço notar que a tribo dos despeitados e dos invejosos enxameiam todas as redes sociais deste país. Atacam os funcionários públicos por
ganharem muito e por
nada fazerem. Atacam a lógica dos concursos públicos sem perceberem que é esta a melhor forma de se combater o nepotismo e o compadrio.
Faço notar, a este propósito, que nenhum dos rapazes do governo começa a limpeza do funcionalismo público exonerando os incapazes que colocou sabe lá Deus onde...
Faço notar que já não há enfermeiros suficientes para preencher todas as vagas que deveriam ser disponibilizadas no SNS para que este pudesse funcionar de acordo com os melhores critérios internacionais.
Faço notar que há cursos de enfermeiros recém-formados em instituições pagas por todos nós que se recusam a aturar todos os invejosos acima descritos e emigram em massa para a França e para a Alemanha.
Faço notar que a idade média dos professores já se encontra acima dos 50 anos. Não há quem os substitua quando estão doentes, nem haverá quem os substitua quando se reformarem.
Faço notar que poucos alunos a finalizar o secundário querem já ser professores...
Faço notar que não há concursos públicos para integrar a Polícia Judiciária há, salvo erro, 4 anos.
O país corre o risco de ficar sem um SNS, sem um sistema de ensino, sem polícia e sem funcionalismo público competente. Nessa altura, todos os invejosos deste país terão uma oportunidade de mostrar o que valem. Proponho que o façam desde já. Enviem pois os vossos CV para o Largo do Rato! Já, em força e com toda a alegria.
Não se ponham é a querer ganhar o que a OCDE, a Pordata, o Baldaiazeco e os comentadeiros de serviço dizem que se ganha na FP. É que depois riem-se de vós...
Termino repetindo o que já disse aí para trás:
«O País tem que saber o que é que quer. Se quer ter um SNS, uma rede de ensino pública, uma polícia judiciária competente e funcionários motivados e sabedores tem que pagar às pessoas e tem que criar as condições para que os melhores queiram servir o Estado.
Se não quer nada disso e nem tem dinheiro para o fazer que se deixe de hipocrisias, que se deixe de achincalhar os profissionais e passe-se tudo para o privado.»