Mas a ideia nem tem de ser obrigatoriamente desenvolvida pelo próprio, aliás trata-se mesmo de tarefas complementares - 1º ter uma ideia e aperfeiçoá-la em teoria e 2º desenvolvê-la e aplicá-la na prática.
Embora isso possa ser feito pela mesma pessoa, como é o caso da maioria dos inventores portugueses premiados em concursos internacionais, é possível transferir o seu desenvolvimento prático para terceiros, mormente quando tal envolve procedimentos técnicos ou o uso de materiais que podem não estar ao alcance do inventor.
De resto, o trabalho em equipa de há muito vem substituindo o labor solitário dos génios inventores de outrora - tipo Edison - e mesmo num campo fortemente individualista, como a área financeira, isso sucede - vide os projetos Apollo ou Axis, neste mesmo fórum.
Assim sendo, não vejo por que razão o facto de alguém ter um bom emprego ou uma situação financeira estável o vá impedir de desenvolver uma ideia potencialmente benéfica e rentável. Haverá, sem dúvida, outros fatores que pesam numa tal decisão, tais como o menor ou maior incentivo ao espírito empreendedor, a maior ou menor carga fiscal e a maior ou menor burocracia associada ou diversos entraves legais, que podem variar muito de país para país. Nesse particular, não parece que Portugal esteja muito bem situado, como de resto tem sido referido noutros tópicos acerca do nosso país.
Em suma: ou se quer ou não ser quer... pôr a ideia render!