Eu achei as acções da ex Pt ( Pharol ) muito baratas.
Graças ao Google encontrei este artigo interessante.
http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/pharol_perdeu__milhoes_de_euros_em_bolsa_nos_ultimos_nove_dias.htmlPharol perdeu 120 milhões de euros em bolsa nos últimos nove dias
12 Junho 2015, 16:49 por Ana Luísa Marques | anamarques@negocios.pt
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As acções acumulam desde o início do ano uma desvalorização de 56,6%. Em 2014 a cotada afundou 72,66%, devido sobretudo ao facto de a Rioforte não ter reembolsado o investimento de 900 milhões de euros que a PT efectuou em títulos de dívida desta empresa do Grupo Espírito Santo. Foi precisamente devido ao "default" da Rioforte que a PT SGPS baixou da fasquia dos 1.000 milhões de euros em bolsa durante o ano passado.
A cotada, desde o final de Maio liderada por Palha da Silva, caminha agora para o sexto ano consecutivo de perdas, sendo que a valorização de 40,36% registada em 2009 foi a última subida anual.
O novo nome justifica a queda? Parece que sim
"O factor principal [para o recuo das acções] terá sido mesmo a alteração da denominação da empresa de 'PT' para 'Pharol'", defende Paulo Rosa. Para o 'trader' da GoBulling, "muitos investidores, provavelmente, só se aperceberam agora que a empresa, de Portugal, só tinha o nome. E as fortes vendas surgiram".
Uma posição partilhada por Pedro Lino. "Com a alteração de nome, muitos investidores tomaram consciência que a Portugal Telecom não faz parte da empresa que estava cotada em bolsa", diz o administrador da Dif Broker.
"O facto de a Pharol ter apenas activos que estão fora de Portugal ou em dificuldade de recuperação, não augura um futuro de crescimento, levando muitos investidores a saírem do capital da empresa", diz Pedro Lino.
A Pharol é composta por uma participação de cerca de 27,4% na Oi e pela opção de compra de mais acções da brasileira, condicionada à recuperação dos 900 milhões de euros de dívida da Rioforte.
FIM CITAÇÃO
Então a minha pergunta é : Onde anda a PT , rs rs ?
A PT foi comprada por um ex canalisador.
http://www.sabado.pt/dinheiro/negocios/detalhe/o_milionario_portugues_que_quer_a_pt.htmlArmando Pereira tornou-se milionário aos 44 anos. Bastou-lhe uma assinatura: em 1999, vendeu ao banco holandês ABN AMRO a Sogetrel, a sua empresa de redes de telecomunicações. O negócio valeu 42,5 milhões de euros (aos preços de hoje) – 540 vezes o valor do empréstimo inicial.
Numa manhã de Março de 1985, o português – então com 30 anos, assalariado de uma empresa de telecomunicações – entrou na agência do Crédit Agricole mais próxima de sua casa, em Épinal, no Nordeste de França, e foi recebido pelo gerente, que conhecia há 10 anos. "Pedi-lhe 300 mil francos (78,6 mil euros, em valores actuais) para abrir uma empresa. Ele não hesitou um segundo, eu era um rapaz sério", conta o empresário à SÁBADO.
Ainda hoje o gestor de conta mostra orgulho no seu instinto: "Sempre que estamos juntos repete que quando me concedeu aquele empréstimo sabia que eu chegaria longe", recorda o português. Quão longe? Armando Pereira é um dos quatro sócios-fundadores da Altice, que é proprietária da Cabovisão e da ONI e que se prepara para ser a nova dona da PT Portugal. Ele detém 30% da empresa. Hoje, aos 59 anos, está no top 5 dos milionários com negócios ligados à Internet em França e este ano ocupa o 61º lugar na lista dos mais ricos do país, da revista Challenges – a sua fortuna é avaliada pela publicação especialista em negócios em 1.000 milhões de euros. O empresário disse à SÁBADO que o valor não está correcto, mas não quis corrigi-lo.
Armando Pereira é muito reservado: quando esteve a trabalhar na reestruturação da Cabovisão, nunca teve um email da empresa; quando se ocupou das mudanças na ONI, só alguns membros do conselho de administração tinham o seu número de telefone – até porque alguns foram despedidos depois; e em nenhum desses processos esteve em reuniões com mais de seis pessoas. O empresário não tem Facebook, nem usa outras redes sociais. Trabalha com um núcleo duro pequeno: o marido da filha, que é responsável por todas as compras do grupo Altice (gere 12 mil milhões de euros por ano), e o amigo de infância Hernâni Vaz Antunes, empresário de Braga. "Ele presta consultoria à Altice nos negócios em Portugal. Conhece toda gente, é precioso para os negócios aqui", explica à SÁBADO Armando Pereira.
No entanto, existe uma excepção neste esforço de invisibilidade: a sua paixão por automóveis. Tem dezenas: "Há pessoas que coleccionam quadros, eu colecciono carros", justifica. Muitos são carros de corrida. É por isso que não é difícil encontrar na Internet fotografias suas vestido de piloto de rally – há 22 anos que participa em corridas. Mais: gosta tanto de conduzir que não tem motorista. "E gosto de me lembrar de onde vim. Por isso é que nunca me vai ver chegar de Porsche ao escritório."
De Guilhofrei a Paris
Armando Pereira tinha 11 anos quando deixou de estudar. Saiu de Guilhofrei, no concelho de Vieira do Minho, onde vivia com os irmãos e com os pais, agricultores, e mudou-se para Espinho, para casa de uma tia materna. Trabalhou como ajudante de canalizador até aos 14 anos, quando decidiu emigrar para França. Partiu sozinho e sem mala: "Vesti dois pares de calças e duas camisolas e pus 2 mil escudos (593 euros, aos preços de hoje) no bolso. Foi tudo o que levei", conta.
Encontrou trabalho, na construção civil, em Courbevoie, nos arredores da capital. Viveu nos estaleiros das obras durante dois anos e meio. Depois, mudou de cidade – foi nessa altura que se instalou no Nordeste do país, que conheceu a mulher, francesa, num baile em Nancy, e que arranjou o emprego que lhe mudaria a vida: "Passei a instalar cabos de telefone. Estudava à noite e comecei a evoluir no meio. Fiz um curso técnico e com 24 anos era responsável por 1500 pessoas. Aprendi depressa tudo sobre como funcionavam as redes de comunicação." Despediu-se e criou a Sogetrel (a empresa especialista em redes de telecomunicações que faria de si milionário). "Eram os anos da grande expansão da televisão por cabo. Transformei-a na maior fornecedora da France Telecom", recorda. Durante os primeiros oito anos, a cada 12 meses a empresa "duplicava o número de empregados, a facturação e a margem de lucro". Instalou muitos milhões de quilómetros de cabos de televisão. No momento em que Armando Pereira decidiu vendê-la, em 1999, a Sogetrel tinha 1.450 empregados. "Vendi-a para segurar o trabalho que tinha feito e continuei a trabalhar lá até 2002."
Milionário procura emprego
Os dias de trabalho continuaram a ser longos – às vezes de 15, 16 horas. Ainda são. Desde há quase três anos, quando a Altice passou a ser dona da Cabovisão e depois da ONI, que Armando Pereira viaja quase todas as semanas para Lisboa. Fica sempre no Ritz. Excepção: enquanto acompanhou a reestruturação da Cabovisão, arrendou, durante um ano, uma moradia na Aroeira, em Almada. Nessa altura, vinha a Portugal duas vezes por semana. "De vez em quando íamos de bicicleta até à praia, comer peixe", conta. As estadias em Portugal servem também para estar atento aos negócios seguintes. A PT é exemplo disso.
A Altice tem também negócios em França, em Israel, na Bélgica, no Luxemburgo, na República Dominicana, nas Antilhas, na Martinica, em Guadalupe, na Guiana francesa, na ilha da Reunião, em Maiorca, e na Suíça, onde o empresário vive, em Lausanne, desde 2005 – as viagens em trabalho são tão frequentes que tem um avião privado ao seu dispor.
2014 foi um ano de gigante para a empresa: entrou em bolsa, comprou o segundo maior operador francês de telecomunicações, a SFR, por 17 mil milhões de euros, o operador móvel francês Virgin Mobile, por 325 milhões de euros, e vai pagar 7.400 milhões de euros pela PT Portugal (o anúncio do acordo definitivo foi feito na terça-feira) – é o segundo maior negócio da história da empresa.
O início da Altice está longe desta realidade. Recuemos 15 anos – dois anos antes de a empresa nascer, em 2002. À mesa de um jantar num restaurante discreto no XVI bairro de Paris, o mais exclusivo da capital francesa, Armando Pereira e Patrick Drahi (que hoje é presidente da Altice e ocupa o lugar 215 na lista dos milionários da revista norte-americana Forbes) reflectiam sobre o futuro. "Não queríamos parar. Não é por se ter dinheiro que nos devemos deitar à sombra da bananeira", diz o português.
Decidiram que se iam dedicar a comprar operadores de telecomunicações – e até conseguirem criar a Altice ouviram dezenas de vezes a palavra não. "Trabalhámos dois anos antes de arrancar. Fizemos um plano de negócio e viajámos pelo mundo, para nos reunirmos com os principais bancos. Quase todos recusaram. Precisávamos de muito dinheiro", acrescenta. Acabaram por conseguir convencer o banco Société Générale e um pequeno fundo de investimento francês. "A Altice foi criada com 60 milhões de euros. Fizemos a primeira operação no fim de 2002, a 24 de Dezembro. Comprámos por 117 milhões de euros a Est Vídeo – uma empresa de comunicações francesa", recorda.
Gestores a mais?
A experiência que Armando Pereira adquiriu no terreno fez dele um especialista em construção de redes e um negociador implacável: "Eles chegam às empresas para reestruturar. É cortar, cortar", diz à SÁBADO um antigo colaborador. "Eles opõem-se a que as empresas gastem dinheiro em carros de gama elevada e cortam nos cargos de gestão", conta outro.
A Altice comprou a Cabovisão no fim de Fevereiro de 2012, por 45 milhões de euros. No início de Maio, a empresa anunciou um despedimento colectivo de 100 trabalhadores – quase um terço dos empregados da operadora. A abordagem aos fornecedores também foi dura: todos os contratos foram renegociados.
Um antigo colaborador disse à SÁBADO que a estratégia era não pagar até que o outro lado aceitasse as condições – em Agosto de 2012, a Sony Pictures Television anunciou o cancelamento de quatro canais AXN na grelha da Cabovisão devido a "incumprimento de obrigações contratuais". Esse foi um dos braços-de-ferro. Terá havido outros fornecedores a ameaçar cortar canais. Em Junho de 2013, a Altice comprou a ONI. O valor da operação rondou os 82 milhões de euros. Em Outubro desse ano anunciaram que a reestruturação deveria representar uma redução de cerca de 10% do número de trabalhadores.
Armando Pereira tem uma perspectiva diferente sobre a actuação da Altice nestas duas empresas: "O que fizemos foi salvar 600 empregos nas empresas, e outros 600 fora das empresas", argumenta. A Cabovisão e a ONI, acrescenta, "estavam à beira da falência".
O caso da PT Portugal é diferente (ver entrevista). Parte dos cortes pode passar pela redução das equipas de gestão: na passada quinta-feira, dia 4, o presidente executivo da PT Portugal, Armando Almeida, disse que a "empresa tem gestores a mais" e que precisa de ter uma estrutura de custos mais competitiva.