Acho que as pessoas puxam para o lado que melhor lhes convém.
1.O Syrisa não diz que não se tem de fazer reformas. Diz que são necessárias reformas mas que as reformas não devem ser exageradas, de modo a não impedir o crescimento E que também deve ser perdoada a divida.
2.O FMI defende as reformas, mas também tem ultimamente defendido o perdão da divida.
Ou seja, os discursos do FMI e governo grego não são substancialmente diferentes nesta altura.
Pode haver um acordo quer ganhe o Sim ou o Não. A diferença é que com o "Sim" o governo pode cair e de certeza que já não vai ter o tipo da mota.
De notar que o FMI defende o perdão da dívida ... dos outros.
(como é natural, a dívida do FMI é suposto ser sénior a tudo o resto, é a tal coisa do DIP financing).
Em todo o caso existe aqui uma diferença face ao passado. Uma coisa é a Grécia incumprir face a credores privados, e credores públicos entrarem num bailout após esse incumprimento.
Outra, é a Grécia incumprir face a esses mesmos credores públicos, e depois esses mesmos credores públicos entrarem com dívida adicional para a Grécia. Isso não faz qualquer sentido. Portanto essa dívida adicional deveria passar por um referendo aos cidadãos Europeus, já que se trata de um esquema irracional.