Pelo que percebi, há aqui uma questão que está a passar ao lado. O problema não são as mangas ou o lenço, por parece-me que a cara não ía tapada. O problema é as mangas serem largas, quando têm, compreensivamente e de acordo com as regras, de ser justas para não poderem ser puxadas. Faz sentido, e a desculpa da discriminação religiosa, se bem entendi, nem se aplica aqui, apesar de ser sempre refrescante (ou não) ver como fica tudo atiçado com o Ocidente a baixar as calças. Parece que para alguns ser civilizado e respeitar o que os outros querem vestir (e ser liberal, já agora) é baixar as calças.
O Robaz, como é hábito, a esconder-se na parte formal para justificar que isto não teve origem numa questão religiosa.
Claro que há jogadores que jogam de manga comprida - até na NBA ! - mas este episódio, se não servir para outra coisa, mostra como existem obstáculos ao multiculturalismo, até numa coisa simples como um equipamento desportivo. A moça não jogou porque não quis (literalmente). Tivesse jogado com o equipamento normal e não tinha tido problemas, tal como nenhuma das colegas teve.
Já agora, sobre multiculturalismo, embora o basquete se jogue maioritariamente no mundo inteiro de manga curta, deves pensar que uma católica num país islâmico vai poder fazê-lo à vontade, não ? O islamismo é o que o domina sempre, seja lá, seja cá, como agora se viu.