Manifestantes e polícia não hesitam em atirar para matar em Kievhttp://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=139694 Último balanço avançado por fontes médicas aponta para 60 mortos, que resultam dos confrontos desta quinta-feira.
Depois de um período de tréguas a violência está de novo nas ruas. Os confrontos regressaram, esta manhã, à Praça da independência em Kiev.
O último balanço avançado por fontes médicas à cadeia CNN aponta para 60 mortos, que resultam dos confrontos desta quinta-feira, e cerca de 500 feridos. A polícia está a pedir à população para não sair de casa.
O governo ucraniano revelou que foram capturados pelos manifestantes 67 polícias, cujas armas estão a ser utilizadas contra as forças de segurança.
O presidente da câmara de Kiev demitiu-se do Partido das Regiões, liderado pelo Presidente Viktor Ianukovitch, em protesto pelo "derramamento de sangue" nos confrontos que nas últimas 48 horas. "Os acontecimentos na capital da Ucrânia são uma tragédia", afirmou Volodymyr Makeyenko, num comunicado citado pela agência France Presse.
A crise política na Ucrânia começou em finais de Novembro quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do presidente de suspender os preparativos para a assinatura de um acordo de associação com a União Europeia e de reforçar as relações com a Rússia. A situação agravou-se na terça-feira à noite com violentos confrontos entre a polícia e manifestantes na praça Maidan, junto ao parlamento de Kiev.
As divisões são agravadas também por factores linguísticos, geográficos e religiosos. Os ucranianos vivem no Leste do país falam russo, pertencem à Igreja Ortodoxa Russa e sentem-se próximos de Moscovo, enquanto os ocidentais tendem a falar ucraniano, ser fiéis da Igreja Ortodoxa da Ucrânia ou Católicos de rito bizantino e sentem-se mais próximos do Ocidente. [/url]