É uma enorme falácia dizer que uma grande rotação da carteira (usando por exemplo alavancagem) é necessariamente um negócio perdedor.
Digo isto porque a minha melhor performance em bolsa foi exactamente quando fiz isso... apesar de considerar bastante arriscado (mas lá esta, maior risco, maior recompensa).
O problema do Ulisses foi ter um edge negativo, pelo que quanto mais alavancava e rodava, maior era o efeito (perda) desse edge negativo.
A volatilidade diária da maioria das acções paga as comissões e um prémio suficientemente grande para se eu tiver um edge que o consiga captar ganhar bastante.
Um exemplo: Qualquer sistema de trading de alta frequência bem sucedido demonstra isso.
Outro exemplo: Uma estrategia de pairs trading bem feita, com pares correctos, oferecem um retorno anual proximo de uma taxa livre de risco depois de comissões (paga-se mais de comissões do que os ganhos)... pelo que para conseguir um retorno adequado, é necesário alavancar, o que aumenta mais a rotação da carteira e as comissões... mas também os ganhos.
Pelo que, mais uma vez reafirmo, o problema do Ulisses foi a falta de um edge e um mau risk e money management. O resto é conversa, porque é possível ter lucro mesmo que rodando a carteira mais do que o Ulisses rodou.
P.S. Não obstante isto, é claro que a estrategia utilizada, com o Inc referiu, estava condenada ao fracaso devido a rotação e, obviamente, falta do edge.... Acontece que eu acredito que o Ulisses achava, verdadeiramente, que tinha esse edge... simplesmente não tinha... e isso é diferente de negociar consciente que nao tinha esse edge.