Ontem assisti a um concerto do Guitarrista argentino Eduardo Isaac simplesmente fantastico , melhor concerto/performance que assisti ao vivo.
Paguei 8 euros , foi num auditorio no Seixal com excelentes condiçoes.... foi dado.... uma pechincha , viva o Comunismo!
Tocou guitarra classica , algumas malhas da argentina , tangos inclusive... algumas malhas do brasil e foi simplesmente fantastico , que entrega....que performance... antes de tocar tambem fazia o enquadramento das obras...tipo story teller
Deve ter sido interessante.
Mas pessoalmente, sinto sempre
uma certa rebeldia, quando uma música,
uma representação, testemunho ou teatro
me movem emocionalmente: é como se estivessem
a querer levar-me para a praia onde são felizes,
mas francamente, com a praia dos outros
posso eu bem suportar lonjura!
Paradoxalmente, porém, isso já não me acontece
com bons livros de filosofia, ciência, literatura ou poesia;
penso que a palavra escrita não aprisiona, antes liberta a mente,
pode reler-se, discordar, compreender, aceitar, sorrir; somos livres!
Já teatro, fado, manifestações culturais… hum… incomodam-me, não me seduzem.
Há milhões de anos, num grupo jovem de sete, fui o único a não querer um autógrafo
da Amália. E ela notou que eramos sete e só seis quiseram autógrafo. Mas não se meteu comigo.
E isto não significava, nunca significou, que não gostasse da Amália.
Claro que gostava. Foi uma performance excepcional.
Miniteatro. Em Paris. Sem electricidade.
Resolveu cantar sem microfone.
Porque o metro acabaria por fechar
com transtorno para os espectadores.
Memorável! De resto, vi-a e ouvia-a
ao vivo em várias ocasiões
da minha vida. Cá e lá
por fora.
Mas autógrafo!? Qual autógrafo, qual quê!
Se seis o pedem, eu não peço autógrafo nenhum!