A União monetária do Euro já começa a ter juízo. É evidente que os estados membros não podem pagar o que devem, pelo que, o correcto, é endividarem-se em bloco junto de blocos económicos estrangeiros contraindo empréstimos perpétuos a juro módico, com o produto de tal endividamento saldarem a dívida impagável que têm para com os credores históricos, e posteriormente gerirem a nova dívida consolidada segundo a oportunidade conjuntural das mais ou menos valias das respectivas obrigações, segundo as reservas disponíveis para o efeito. Não é só Portugal que vai ter uma população envelhecida e reformada: são todos os estados membro do euro que irão estar nessa condição. Só os países aforradores conseguirão financiar esse encargo improdutivo. Gradualmente, se as nações do euro conseguirem algum nível notável de produtividade diferencial em relação aos demais blocos económicos, então, a pouco e pouco, lá irão gerindo razoavelmente o que devem sem cair em bancarrota.