É o que está em jogo; é o que se vai ver. Não é seguro que não valorize. E nos últimos 5 a 6 anos, duvido que o poder de compra do euro não tenha aumentado ao ponto de ter proporcionado juros reais interessantes. Curioso é como irá ser nos próximos anos. Não me admiraria que a deflação relativa continuasse.
Por acaso, eu precisava de saber mais, ou lembrar-me ainda, do que aprendi de estatística, para revisitar com proveito toda essa história dos índice de preços, poder de compra da moeda, progressividade dos impostos, impostos sobre os rendimentos, impostos sobre o património, isenções fiscais, comissionamento de transações e toda a panóplia imaginativa de sugar o que quer que mexa!
Uma coisa que sempre me chocou nesta bandeira da <igualdade> é a pouca vergonha de esconder a verdade e o jornalismo abjecto que não se cansa de comparar ordenados brutos de 4 000 ou 5 000 ou de 10 000 € ou mais com salários mínimos de 500 €, praticamente líquidos, sem nunca indicar o líquido dos ordenados que caem para a metade depois de impostos, estreitando o leque salarial de 1 para 8, 10 ou 20, para 4, 5 ou 10. Mas não é só isso. O Incognitus está sempre a somar aos mínimos dos 'pobrezinhos', - e muito bem -, todos os custos unitários dos bens colectivos que estão à disposição de todos, ricos e pobres.
Mas quanto a mim, não é só. Há cabazes de compra distintos consoante o tipo de vida que se leva e, em parte, conforme a profissão que se exerce. O custo de vida difere com o respectivo cabaz de compras e pode muito bem dar-se o 'pobrezinho', o 'reformado', o 'remediado' andar a beneficiar de uma elevação do poder de compra do seu rendimento não obstante o 'berreiro' que faz ouvir na comunicação social!
E pode, ao contrário, porventura, mostrar-se, provar-se, que muitas das falências de pequenas empresas, médias empresas, e até bancos, têm uma componente importante de 'culpa' alheia, especialmente, a de inflação aparente de preços de gadgets, que não interessam nem ao menino Jesus, e que não obstante, pela atração mirífica de lucros chorudos, induzem os comerciantes e os importadores a comprarem às dúzias os futuros stocks invendáveis, de puros prejuízos, imparidades, derrocada de preços hipotéticos!
Se a isto acrescentarmos a função pública com produto marginal per capita de funcionário nulo, quando não negativo, - do que não se eximem de responsabilidade, chefias apáticas, por remuneração desligada de mérito, indiferentes ao desempenho dos serviços, desenha-se nítido o país falido incapaz de se remediar a si próprio.