Por isso eu disse "duríssima" e não "dura". Que as exigências de cumprimento do acordo sejam negociadas de forma dura, eu compreendo. Mas duríssima já não. Eu defini o que queria dizer por "duríssima": não recuar nem 1 milímetro. Ora se és um credor a quem o devedor deve 1 milhão e estás numa negociação difícil com o devedor e já estão ambos próximos de fixar o total a receber em 900,000 (já a dar um haircut de 10%), quando o risco para o credor era perder muito mais de 10%, o credor deve aceitar assim, não? Agora imagina que o devedor diz, à última da hora, que em vez de 900,000, vai pagar só 899,000, que é quase a mesma coisa; e que faz isso para ficar bem junto à sua opinião pública; aí, se não aceitares a descida de 900,000 para 899,000 isso já denota vontade de que não haja acordo nenhum. Pode denotar uma coisa assim: bom, eu podia receber os 899,000 que é quase o mesmo do que 900,000, mas vou dizer que não, assim o tipo não me paga nada, perco 1 milhão, mas como o tipo tem tendências suicidas atira-se ao rio, e livro-me dele de vez, que ele faz muito baruulho e causa-me muitos problemas no meu bairro.