Eu tenho gostado de vir aqui ao Th.Fn. porque acabo por me interessar por reflectir sobre isto ou aquilo do que por cá se discute. Tenho pena de não saber muito mais economia, filosofia, lógica e matemática porque teria ainda mais gosto em pensar esse entrelaçado intelectual de conhecimentos em aplicação concreta sobre os nossos problemas da actualidade. Mas paciência. Distraio-me mais 'ao de leve' :).
Mas sobre o comentário que escreveste, devo dizer que considero o protestar e reivindicar constante das 'massas trabalhadoras' e o argumentar falsamente não tendencioso dos 'lobbies das corporações' ambos destituíveis no que desejam e se propõem. E confrontar tais pretensões com a realidade objectiva, e gerir as consequentes tensões sociais, é justamente o que cumpre à arte política de governar.
No particular de o nível de salarial desejável ser um alvo inatingível, eu compreendo essa 'historinha', os manuais de economia estão cheios dessa premissa, mas eu concordo que o estalão da justiça social não deve e não pode compensar global e socialmente os desempregados e os reformados acima do nível do salário médio dos trabalhadores no activo, sendo o mínimo de tal subsídio, ou pensão, apenas o da estrita sobrevivência. O diferente disto perverte a lógica económica, e as disfunções bloqueiam a sociedade. Considero isto ter de ser assim, mesmo que dualize um pouco a sociedade num mundo mais primário e artesanal a par de indústrias e profissões mais internacionalizadas e desenvolvidas...