Se as finanças, notarem um valor muito diferente entre a avaliação do imovel e o registo, é possivel que investiguem, aliás se for entre uma construtora ou promotor de imóveis e um particular, a probabilidade de haver essa investigação do lado da construtora ou promotora é elevada, porque até deve ser procedimento habitual.
Em primeiro lugar as finanças nem se preocupam excessivamente com isso, dado que IMI e IMT são receitas municipais. Em segundo lugar, existindo um pedido de empréstimo por parte do comprador e estando um banco como intermediário, o valor de escritura normalmente não é muito inferior ao valor real de compra.
O registo inferior ao valor de compra normalmente só penaliza o comprador, a não ser mesmo que exista uma discrepância muito elevada entre a avaliação e o valor de compra, nesse caso poupa no IMI, mas deve estar a fazer muito mau negócio, logo o comprador também está a ser penalizado.
Há diversos cenários.
Antigamente, apenas o valor escriturado contava para o cálculo de mais valias. Assim era normal que os valores escriturados fossem abaixo do valor real.
Actualmente depende. Se comprares para manter no património familiar e não vender, o melhor é sempre escriturar pelo valor do VPT. Pagas menos IMT e não pagarás mais valias (num futuro a médio prazo).
Se comprares para posterior venda o ideal é escriturares a compra por valores elevados e a posterior venda por valores mais reduzidos. Paga-se mais no início e menos de mais valias.
No entanto, as pessoas pensam mais no que têm que pagar agora e perferem poupar uns milhares de euros agora e pagar mais no futuro.
Mas quem é que quer registar a casa por um valor inferior o comprador, porque foi instigado a fazer pelo vendedor, ou é mesmo opção própria?
Para mim é por opção própria, conjugado com as opções do vendedor.