O problema nem está em ser bem paga, mas no facto de criar pessoas sem uma ligação clara ao que interessa a uma sociedade. As actividades produtivas. O bem material de uma sociedade vai estar intimamente ligado a essas actividades, incluindo aquilo que pode ou não ser redistribuído sem reciprocidade, a regulamentação necessária e desejável, etc.
Se fores ver a composição da Assembleia da República, torna-se evidente que há ali um desequilíbrio de ocupações profissionais versus os pesos das mesmas na sociedade.
são todos advogados... ou quase. licenciados em direito pelo menos. muitos em universidades manhosas.
eu sou a favor de políticos profissionais. é um campo de saber enorme, a formação nunca pára e é muito exigente.
um bom político rodeia-se de staff que o liga à economia real.
a formação de raiz deveria ser direito e economia. talvez a criação de um curso próprio juntando estas duas áreas, mais alguma sociologia, fosse indicado.
seria um curso como medicina. quando acaba o curso e os estágios é-se doutor. tão exigente ou mais que medicina.
e a profissão mais bem paga - bastante mais bem paga - do que médicos, economistas ou juristas.
L
um médico qd acaba o curso não é doutor. Antigamente era licenciado e agora é mestre. Para ser doutor necessita de tirar um doutoramento.
quando acaba os cursos + internatos mais aquelas coisas todas que todos eles têm que fazer?
estranho! eu acho que é doutor. não precisa de fazer uma tese de doutoramento.
mas lá está, pode ser uma percepção totalmente errada.
Lark
pois... sempre a aprender. parece que não é nada do que pensava.
então no fim do curso ( 6 anos?) é-se simplesmente mestre?
e os anos de internato e afins, (obrigatórios? não percebo nada disso) não acrescentam nada ao grau académico?
L
não - uma coisa são graus académicos e outra coisa são os graus profissionais.
um médico qd termina o curso (disciplinas + tese de mestrado) completa o grau académico de mestre em Medicina. O grau de mestre em medicina num curso reconhecido é necessário para que possa inscrever na Ordem dos Médicos e, por sua vez, estar inscrito na ordem dos médicos é essencial para exercer medicina em Portugal.
Quando um médico se forma é considerado como tendo uma licença provisória para exercer medicina - ou seja, só pode exercer supervisionado por um médico (a responsabilidade recai sobre o especialista que o supervisiona) - ou seja, não é autonomo no exercicio da medicina - não pode tomar decisões sem ser supervisionado. O que leva a alguns doentes a dizer que "estão para aí tantos e sem trabalhar - é porque supostamente não o podem fazer sem supervisão que nem sempre está disponivel).
Este periodo era (até este ano) considerado que vigorava até à conclusão do 2º ano de internato - ou seja um ano de internato comum + um ano de internato de especialidade. A partir de há pouco, a autonomia obtém-se no final do ano comum (é necessário mão-de-obra, mesmo que os doentes possam correr mais riscos).
A conclusão do internato complementar (que é feito após avaliações anuais e um exame de saída num hospital fora da zona de onde o médico fez o seu internato e avaliado pelo seu orientador, chefe de serviço e mais três especialistas de outros hospitais (normalmente dois do hospital e um convidado de um terceiro hospital)) confere o grau profissional de especialista.
O grau profissional nada tem a ver com o grau académico. Para ter um doutoramento um médico tem de completar, numa universidade, um doutoramento...