Não vejo a questão das prendas aos árbitros como uma questão clubística.
Sei que poucos acreditam que eu diga isto, mas gosto mais de futebol do que gosto de clubes de futebol.
Se por absurdo o meu clube deixasse de existir eu continuaria a gostar de futebol da mesma forma.
Penso apenas que para tornar o futebol português mais transparente não devem haver presentes aos árbitros, delegados e observadores que ultrapassem o limite que está definido pela UEFA que os árbitros podem receber.
Na situação em concreto, pelas contas que fiz, com os preços que foram dados na comunicação social, 4 refeições no Museu da Cerveja 35 euros cada uma, como disse fonte do SLB ao Record, visita ao Museu Cosme Damião 10 euros, Pack Eusébio 59,90 euros, fica tudo ao preço de 269, 90 euros, que ultrapassa os 183 euros definidos, e acho que isso é simplesmente errado e que não deve acontecer.
Mas não acho que o SLB vá perder pontos (por tentativa de corrupção) e ainda menos acho que o SLB vá ser castigado por corrupção (descida de divisão), pq o SLB vai argumentar que as ofertas se enquadram nas "simples ofertas de objectos meramente simbólicos" previstas na lei e vai argumentar que a lei não obriga os clubes a respeitarem o limite dos 183 euros. O limite dos 183 euros aplica-se aos árbitros e não aos clubes, e como tal, só espero que no fim da história se altere a lei, de modo a obrigar os clubes a não ultrapassar o limite definido pela UEFA, porque isso seria bom, de um modo geral, para o futebol português.