Tal como já expliquei - o tipo de warrants que usas tem uma probabilidade elevada de ir a 0. Basta um ir a zero para transformar o compounding de que falas num zero total. Não é uma estratégia viável.
Se usasses microcontratos sobre índices, poderia ser diferente.
Obviamente, para um plano muito ambicioso deste tipo, o risco assumido teria de ser bem menor, sobretudo quando a conta começasse a atingir um valor já considerável face ao capital inicial.
A hipótese de algum warrant perder todo o valor não se coloca − obviamente, aqui não vou comprar warrants que cotam a poucos cêntimos, como o call que valorizou ontem 100%... desde 0,05 nos 8900 até 0,10 já perto das 21h com os futuros nos 9100!
Na verdade, já delineei um plano teórico com modelos matemáticos que apoiam essa possibilidade de uma forma o mais realista possível... mas claro que existem sempre imponderáveis ou black swans!
O meu plano também inclui perdas, como é óbvio, e até numa proporção muito superior (3 ganhos para 1 perda) à que tenho no trading real. Contudo, será imperioso limitar o montante das perdas por trade que, no máximo, não podem exceder o valor percentual dos ganhos. Verdadeiramente, o maior obstáculo prático que vejo na concretização deste plano ultra ambicioso está no overnight e possíveis gaps de abertura... sobre isso não há controlo possível, unless...
1º O daytrading seria uma solução possível, mas não é algo que me atraia por aí além e é raro eu fechar um trade na própria sessão.
2º Fechar parcialmente a posição no close é também uma proteção contra uma abertura adversa, mas isso só faz sentido se já houver um ganho no trade... parece-me!
Quanto ao instrumento em si... warrants ou outro... estou de facto a estudar novas possibilidades. A questão aqui tem a ver com o target percentual para o ganho esperado, lembrando que o stop não poderá ser superior a tal valor. Aliás, lembrei-me ontem de alguém com quem outrora falava no Messenger e que negociava warrants (out-the-money) em grandes quantidades (tipo 10000 a 20000 de cada vez), buscando ganhos de apenas 0,02 que era o spread nessa altura (ano 2007). Esse trader também chegou a escrever aqui e tinha um tópico no Caldeirão acerca disso, mas nunca me revelou como é que selecionava as entradas... top secret!
Para warrants cujas cotações andavam pelos 30-40-50 cêntimos, falamos de ganhos percentuais num intervalo 4-6% mais ou menos. Claro que se tratava de daytrading puro, mas sempre me pareceu que o risco da estratégia era excessivo e desproporcionado relativamente à possível recompensa, sobretudo porque logo à partida se estava a perder os 0,02 euros no spread!
Obviamente, uma tal estratégia só pode resultar para montantes elevados de alguns milhares de euros, de forma a minimizar o peso das comissões. Só com algumas centenas, e assumindo um rácio P/L de 3:1 (só nº de ganhos e de perdas), basta um stop de 0,03 para quase anular o valor dos ganhos se a comissão for de 10 euros. So forget it... I am bolder than that!
Em conclusão: estou a estudar os instrumentos negociáveis na plataforma Direct Trading (Bigoline / Commerzbank), mas não vejo problemas de maior em usar warrants out-the-money de risco elevado (elasticidade 20-25%), de preferência a mais de mês e meio da maturidade. De notar ainda que as minhas simulações matemáticas já incluem uma retirada de 5% (no máximo) do montante total, acima de um determinado patamar. Afinal, os lucros são para ser utilizados, certo?
PS: Acerca da discussão se o S&P vai já ou não aos 2000, sou mais modesto nas minhas previsões e digo apenas que os 1950 devem representar a próxima paragem, seguida de um possível recuo... mas nada mais vejo para além disso!