Ontem estive a ver a maratona de Londres. Que grande prova, com mais uma vitória do Kipchoge. O homem é uma máquina de correr impressionante. Foi com os outros três até aos 38/39 Kms e depois deixou-os para trás como se fossem crianças.
Ganhou 11 das 12 maratonas que fez (tendo ganho as últimas 10 consecutivamente!). A única que perdeu foi a segunda maratona que fez, em que o Kipsang bateu o record do mundo (e que depois o próprio Kipchoge bateu).
É, de longe, o melhor maratonista de todos os tempos. Já tinha o record do mundo e ontem, não contente com isso, fez a segunda melhor marca da história. O segundo classificado fez a terceira melhor marca da história e só conseguiu ficar em segundo. Deve ser uma frustração apanhar com este bicho.
Já vi vários documentários e entrevistas com ele e é impressionante a simplicidade do homem, apesar de ser o Federer ou o Michael Jordan das maratonas.
Aliás, neste
artigo do Observador há várias passagens:
Também é o que o faz continuar a limpar as casas de banho e dividir as tarefas domésticas com os outros atletas no centro de treinos de Kaptagat.
"Eu gosto da simplicidade do treino e da vida na maratona”, elabora à BBC, concluindo: “Corres, comes, dormes, andas. É a vida a funcionar sem nunca ficar complicada. Quando fica complicada, ficas distraído e já não podes correr“.
Este complexo Kaptagat chega a ser inacreditável quando se percebe que é uma elite do atletismo (e pensamos nas estrelas de outros desportos rodeados de luxo).Aqui há umas fotos porreiras do complexo:
https://www.letsrun.com/photos/2017/kipchoge-marathon-workout/imagepages/image74.phpVale a pena ver todas a partir da 92 mas sobretudo a 92 (sala de jantar), 99 e 100 (cozinha), a 105 (televisão), a 110 (agenda da limpeza), 114 e 116 (quarto duplo - é inacreditável...), 119 casa de banho.
Se metessemos refugiados de guerra a viver assim diriam que é um atentado à dignidade humana.