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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3507494 vezes)

Moppie85

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Re: Portugal falido
« Responder #12240 em: 2016-06-13 15:28:14 »
Fiquei espantado com o Marques Mendes a dizer que a caixa geral de depósitos iria dispensar 2000 trabalhadores, não acreditei.

Mas este artigo é de dezembro e já estavam dispostos a sair 1000 colaboradores da CGD acredito que cheguem a mis uns poucos.

http://economico.sapo.pt/noticias/mais-de-mil-funcionarios-da-cgd-candidataramse-a-reforma-antecipada_237552.html


A pergunta q me coloco cada vez que leio "reforma antecipada" é quem é que vai pagar a dita reforma...

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Re: Portugal falido
« Responder #12241 em: 2016-06-13 15:39:11 »
Fiquei espantado com o Marques Mendes a dizer que a caixa geral de depósitos iria dispensar 2000 trabalhadores, não acreditei.

Mas este artigo é de dezembro e já estavam dispostos a sair 1000 colaboradores da CGD acredito que cheguem a mis uns poucos.

http://economico.sapo.pt/noticias/mais-de-mil-funcionarios-da-cgd-candidataramse-a-reforma-antecipada_237552.html


A pergunta q me coloco cada vez que leio "reforma antecipada" é quem é que vai pagar a dita reforma...


Quem paga é a um aumento da divida.

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Re: Portugal falido
« Responder #12242 em: 2016-06-13 17:33:50 »
ler isto até assusta.

O Decreto de 13 de Junho de 1892 reduziu os pagamentos dos juros da dívida externa fundada do Estado português a um terço dos montantes contratuais e suspendeu a amortização da parte não consolidada dessa dívida. Foi esta a última (mais recente) ocasião em que o Estado português deixou de cumprir os seus compromissos em termos de pagamento dos encargos da dívida pública. Numa situação financeira que parece ameaçar uma repetição dessa situação, vale a pena comparar as condições em que a vida económica e financeira portuguesa chegou a ambos os casos de dificuldades extremas e as consequências que advieram da bancarrota portuguesa de 1892.

No curto prazo, o ano de 1892 aparece enquadrado num período de instabilidade política excepcionalmente grave, na sequência do conflito com a Grã-Bretanha sobre territórios da África Austral que conduziu ao Ultimato britânico de Janeiro de 1890 e da tentativa de revolução republicana de 31 de Janeiro de 1891, rompendo o normal processo de formação de governos com base parlamentar e conduzindo à formação de governos de salvação nacional de iniciativa do Rei (Carlos I). Algo que (ainda ?) não se parece com a atualidade.

Também no curto prazo, o ano de 1892 aparece enquadrado num período de recessão económica, desencadeado por uma crise da economia internacional, originada na sobreexposição do setor bancário britânico a investimentos especulativos na América Latina. Algo que já se começa a parecer, com as devidas adaptações, à situação vivida no final da primeira década do século XXI.

Finalmente, e ainda no curto prazo, a resposta imediata do Estado português foi continuar a tentar contrair empréstimos externos. Não sendo possível recorrer à casa bancária Baring Brothers de Londres, habitual salvador em momentos críticos, procurou apoio no banqueiro Henri Burnay e nas suas relações na praça de Paris, em troca da concessão do monopólio da comercialização dos tabacos, um dos mais rendosos negócios do país. Debalde ! A taxa de juro efectiva de 7 % mostrou-se ruinosa e desencadeou a suspensão da convertibilidade das notas de banco em ouro, marca do sistema do padrão-ouro, distintivo da normalidade monetária na época. Daí à bancarrota foi um passo curto. Os pormenores foram diferentes, mas o quadro geral de incapacidade de manter a confiança dos investidores é familiar.

Mas importa olhar para o médio prazo. Estavam as contas públicas portuguesas com saldos negativos insustentáveis ? Os valores seriam considerados hoje tranquilizadores: o saldo negativo era inferior a 1 % do produto interno bruto. Mas a sua a acumulação ao longo de praticamente todo o século XIX, mostrou-se realmente insustentável.

Talvez porque, ao lado do saldo negativo das contas públicas existia um saldo negativo estrutural dos pagamentos externos da economia portuguesa. O saldo comercial sistematicamente negativo, apenas compensado pelas remessas dos emigrantes, revelou-se um complemento fatal do saldo negativo das contas públicas. Um paralelo uma vez mais familiar nos dias de hoje.

À bancarrota de 1892 seguiram-se dez anos de negociações para conseguir um acordo com os credores. Porém, a conversão dos empréstimos contraídos no século XIX no novo empréstimo de 1902 (acabado de pagar em 2001 !) não reabriu os mercados financeiros internacionais ao Estado português, que ficou por muitas décadas incapacitado de recorrer ao financiamento externo (salvo em montantes muito reduzidos ou como empréstimos de guerra durante a Primeira Guerra Mundial). É claro que as guerras mundiais e a Grande Depressão não ajudaram. Mas não deixa de ser motivo de reflexão que o primeiro empréstimo significativo contraído pelo Estado português nos mercados financeiros internacionais depois de 1892 tenha sido, já na década de 60 do século XX, para construir a primeira ponte sobre o Tejo em Lisboa.

Maria Eugenia Mata
 Março de 2011

http://www.sedes.pt/blog/?p=3312

itg00022289

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Re: Portugal falido
« Responder #12243 em: 2016-06-16 10:58:54 »
Um bom artigo do Vital Moreira sobre as Regiões Autónomas
Citar
Apropriação indevida

Vital Moreira, Professor da Universidade de Coimbra

Para além de um quadro preocupante de laxismo e irresponsabilidade na gestão financeira da ADSE, o que os dados do Tribunal de Contas revelam é a complacência financeira da República para com as regiões autónomas.

   1. No seu relatório de auditoria sobre a ADSE agora publicado, o Tribunal de Contas diz que este serviço público central de assistência na doença aos funcionários públicos pagou indevidamente 29,7 milhões de euros ao Serviço Regional de Saúde da Madeira. E já no relatório relativo às contas de 2014, que rejeitou, o mesmo Tribunal de Contas refere que as regiões autónomas se apropriaram das quotas dos seus funcionários para a ADSE.

Para além de um quadro preocupante de laxismo e irresponsabilidade na gestão financeira da ADSE, o que estes dados revelam é a complacência financeira da República para com as regiões autónomas.

Nesta matéria não pode haver equívocos nem promiscuidades financeiras. A ADSE é um serviço central do Estado, alimentado por quotizações dos seus membros, que financia ou comparticipa no pagamento de cuidados de saúde obtidos pelos utentes junto de prestadores públicos ou privados, nos termos do respetivo regulamento. As regiões autónomas não podem obviamente reter as quotas dos seus funcionários para a ADSE. Menos sentido faz ainda o referido pagamento aos serviços de saúde regionais da Madeira, que devem ser suportados pelo orçamento regional.

   2. Acresce que o regime de autonomia orçamental e financeira das regiões autónomas já é altamente favorável, incluindo importantes transferências líquidas do Orçamento do Estado, sem que este retire alguma receita das mesmas.

De facto, as regiões autónomas arrecadam todos os impostos cobrados ou gerados no seu território. Sem nenhuma justificação, não contribuem para as despesas gerais da República (órgãos de soberania, defesa, justiça, segurança, contribuições para a UE e organizações internacionais, custos da dívida pública, etc.), que são sustentadas exclusivamente pelos contribuintes do Continente. Entre essas despesas contam-se obviamente os próprios serviços da República nas regiões autónomas, caso dos tribunais, forças armadas, polícia, universidades, que também são pagas pelo Orçamento do Estado.

Como se isto não bastasse, as regiões autónomas beneficiam de consideráveis transferências adicionais do orçamento do Estado, incluindo uma importante verba anual a título de compensação dos custos de insularidade, várias despesas de proteção social, como por exemplo o RSI, apoio aos transportes entre as ilhas e o Continente, subsidiação dos custo da eletricidade, etc.. O Orçamento do Estado do corrente ano veio transferir para o Estado a responsabilidade dos custos dos cuidados de saúde requisitados ao SNS pelos serviços regionais de saúde.

Se a isto juntarmos a participação do Estado em investimentos de infraestruturas nas regiões, o quadro global é de uma enorme prodigalidade do Estado, cortesia dos contribuintes do Continente em relação aos das ilhas, que gozam de uma situação fiscal bem menos exigente do que a daqueles, nomeadamente quanto às taxas de IVA e de IRS. Tudo isto seria admissível se as regiões autónomas se contassem entre as regiões mais pobres do país, o que não é o caso, pois têm hoje um rendimento mais elevado do que as regiões Norte, Centro e Alentejo.

Neste quadro, a exploração financeira da ADSE e dos seus membros em favor das regiões autónomas é puramente inadmissível.

http://economico.sapo.pt/noticias/apropriacao-indevida_252105.html

pedferre

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Re: Portugal falido
« Responder #12244 em: 2016-06-16 11:00:51 »
Bem já estamos mais perto de bater na parede. :)

Os juros da dívida portuguesa estão de novo em forte alta esta quinta-feira, 16 de Junho, com os investidores a refugiarem-se nos activos de menor risco e a saírem dos títulos mais arriscados, como a dívida dos países periféricos.
 
Reflexo deste movimento, que se deve sobretudo aos receios com o resultado do referendo no Reino Unido, a dívida portuguesa está em queda acentuada nos mercados, atirando os juros para máximos de quatro meses.
 
A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos avança 9 pontos base para 3,44%, tendo já tocado nos 3,46%, o que representa o nível mais elevado desde 25 de Fevereiro. Nas restantes maturidades os juros também estão em alta, com uma subida de 8 pontos base nas obrigações a cinco anos (2,56%) e de 5 pontos base a dois anos (0,845%).
 
Com os investidores a refugiarem-se na dívida alemã, o prémio de risco da dívida portuguesa está também a agravar-se, tendo já atingido um máximo de 12 de Fevereiro nos 348 pontos base. As bunds a 10 anos estão hoje de novo em terreno negativo, com a "yield" a ceder 1 ponto base para -0,02%. Já tocou num mínimo nos -0,035%, com os investidores a aceitarem perder dinheiro para comprar dívida alemã.
 
Numa altura em que as sondagens continuam a apontar para uma vitória do "leave" no referendo de 23 de Junho, os investidores estão cada vez mais nervosos com a possibilidade de o Reino Unido sair da União Europeia.
 
Daí a fuga dos activos de maior risco, como é o caso da dívida dos países periféricos do euro, e refúgio nos menos arriscados, como a dívida alemã. Os investidores estão também a sair dos mercados accionistas e a apostarem noutros activos de refúgio, como o ouro.
 
A "yield" das obrigações espanholas a 10 anos avança 4 pontos base para 1,6%, um máximo desde 19 de Maio. Em Itália avançam 5 pontos base para 1,55%.
 
Além de ser penalizado por esta fase de turbulência nos mercados, a dívida portuguesa está também menos atractiva para os investidores aos olhos dos analistas internacionais.
 
Ainda hoje o banco alemão Commerzbank enviou aos clientes uma nota pouco abonatório para Portugal, afirmando que o país está à beira de uma nova crise. 
 
"Portugal ainda é um dos países da Zona Euro à beira de uma crise. A economia está a enfraquecer desde o último Verão, o que aumenta os riscos para as metas orçamentais e adia uma descida significativa do elevado nível de dívida pública do país num futuro próximo".

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Re: Portugal falido
« Responder #12245 em: 2016-06-16 11:52:05 »
Antes do Euro como moeda única faziam -se provas e cada uma era classificada com uma nota: escudos, pesetas, marcos e francos; depois da entrada do euro um faz e os outros copiam e  todos têm a mesma nota em euros, agora exige -se mais e separam e como resultado   não se consegue classificar todos  com a mesma nota em euros.
« Última modificação: 2016-06-16 12:56:07 por Vanilla-Swap »

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #12246 em: 2016-06-16 12:45:31 »
Um bom artigo do Vital Moreira sobre as Regiões Autónomas
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Apropriação indevida

Vital Moreira, Professor da Universidade de Coimbra

Para além de um quadro preocupante de laxismo e irresponsabilidade na gestão financeira da ADSE, o que os dados do Tribunal de Contas revelam é a complacência financeira da República para com as regiões autónomas.

   1. No seu relatório de auditoria sobre a ADSE agora publicado, o Tribunal de Contas diz que este serviço público central de assistência na doença aos funcionários públicos pagou indevidamente 29,7 milhões de euros ao Serviço Regional de Saúde da Madeira. E já no relatório relativo às contas de 2014, que rejeitou, o mesmo Tribunal de Contas refere que as regiões autónomas se apropriaram das quotas dos seus funcionários para a ADSE.

Para além de um quadro preocupante de laxismo e irresponsabilidade na gestão financeira da ADSE, o que estes dados revelam é a complacência financeira da República para com as regiões autónomas.

Nesta matéria não pode haver equívocos nem promiscuidades financeiras. A ADSE é um serviço central do Estado, alimentado por quotizações dos seus membros, que financia ou comparticipa no pagamento de cuidados de saúde obtidos pelos utentes junto de prestadores públicos ou privados, nos termos do respetivo regulamento. As regiões autónomas não podem obviamente reter as quotas dos seus funcionários para a ADSE. Menos sentido faz ainda o referido pagamento aos serviços de saúde regionais da Madeira, que devem ser suportados pelo orçamento regional.

   2. Acresce que o regime de autonomia orçamental e financeira das regiões autónomas já é altamente favorável, incluindo importantes transferências líquidas do Orçamento do Estado, sem que este retire alguma receita das mesmas.

De facto, as regiões autónomas arrecadam todos os impostos cobrados ou gerados no seu território. Sem nenhuma justificação, não contribuem para as despesas gerais da República (órgãos de soberania, defesa, justiça, segurança, contribuições para a UE e organizações internacionais, custos da dívida pública, etc.), que são sustentadas exclusivamente pelos contribuintes do Continente. Entre essas despesas contam-se obviamente os próprios serviços da República nas regiões autónomas, caso dos tribunais, forças armadas, polícia, universidades, que também são pagas pelo Orçamento do Estado.

Como se isto não bastasse, as regiões autónomas beneficiam de consideráveis transferências adicionais do orçamento do Estado, incluindo uma importante verba anual a título de compensação dos custos de insularidade, várias despesas de proteção social, como por exemplo o RSI, apoio aos transportes entre as ilhas e o Continente, subsidiação dos custo da eletricidade, etc.. O Orçamento do Estado do corrente ano veio transferir para o Estado a responsabilidade dos custos dos cuidados de saúde requisitados ao SNS pelos serviços regionais de saúde.

Se a isto juntarmos a participação do Estado em investimentos de infraestruturas nas regiões, o quadro global é de uma enorme prodigalidade do Estado, cortesia dos contribuintes do Continente em relação aos das ilhas, que gozam de uma situação fiscal bem menos exigente do que a daqueles, nomeadamente quanto às taxas de IVA e de IRS. Tudo isto seria admissível se as regiões autónomas se contassem entre as regiões mais pobres do país, o que não é o caso, pois têm hoje um rendimento mais elevado do que as regiões Norte, Centro e Alentejo.

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Eu gosto da forma de pensar do Vital Moreira, mas vê-se que ele ainda não compreendeu a natureza do colectivismo, e como o que interessa é ter "um bom motivo" para se ser beneficiado face aos restantes. A ideia não é uma de justiça. A ideia é antes uma de "quem não chora não mama".
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #12247 em: 2016-06-16 12:56:52 »
Alguém sabe porque é que isto foi chumbado ? O JdN tem a notícia bloqueada a assinantes e não encontro mais informação na net.
AICEP “trava” centro de inteligência artificial da IBM em Guimarães

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Re: Portugal falido
« Responder #12248 em: 2016-06-16 13:01:30 »
Antes do Euro como moeda única faziam -se provas e cada uma era classificada com uma nota: escudos, pesetas, marcos e francos; depois da entrada do euro um faz e os outros copiam e  todos têm a mesma nota em euros, agora exige -se mais e separam e como resultado   não se consegue classificar todos  com a mesma nota em euros.

Posso estar errado.

Mas uma coisa é certa com euros como moeda é mais difícil de ir à falência do que com escudos.

Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #12249 em: 2016-06-16 20:37:24 »
Antes do Euro como moeda única faziam -se provas e cada uma era classificada com uma nota: escudos, pesetas, marcos e francos; depois da entrada do euro um faz e os outros copiam e  todos têm a mesma nota em euros, agora exige -se mais e separam e como resultado   não se consegue classificar todos  com a mesma nota em euros.

Posso estar errado.

Mas uma coisa é certa com euros como moeda é mais difícil de ir à falência do que com escudos.

Isso só é verdade se houver bailouts. Sem eles, o euro garante-nos a falência em pouco tempo, tal como em 2011 ela seria garantida sem o bailout.


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Re: Portugal falido
« Responder #12250 em: 2016-06-16 21:41:55 »
Antes do Euro como moeda única faziam -se provas e cada uma era classificada com uma nota: escudos, pesetas, marcos e francos; depois da entrada do euro um faz e os outros copiam e  todos têm a mesma nota em euros, agora exige -se mais e separam e como resultado   não se consegue classificar todos  com a mesma nota em euros.

Posso estar errado.

Mas uma coisa é certa com euros como moeda é mais difícil de ir à falência do que com escudos.

Isso só é verdade se houver bailouts. Sem eles, o euro garante-nos a falência em pouco tempo, tal como em 2011 ela seria garantida sem o bailout.

Fora do euro, ias ter uma falencia na mesma... como tiveste já por duas vezes anteriormente...

creio que é mais importante as politicas do país... tipo não por-se a gastar como se fosse rico quando se é pobre.

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Re: Portugal falido
« Responder #12251 em: 2016-06-17 12:02:20 »
Antes do Euro como moeda única faziam -se provas e cada uma era classificada com uma nota: escudos, pesetas, marcos e francos; depois da entrada do euro um faz e os outros copiam e  todos têm a mesma nota em euros, agora exige -se mais e separam e como resultado   não se consegue classificar todos  com a mesma nota em euros.

Posso estar errado.

Mas uma coisa é certa com euros como moeda é mais difícil de ir à falência do que com escudos.

Isso só é verdade se houver bailouts. Sem eles, o euro garante-nos a falência em pouco tempo, tal como em 2011 ela seria garantida sem o bailout.

Fora do euro, ias ter uma falencia na mesma... como tiveste já por duas vezes anteriormente...

creio que é mais importante as politicas do país... tipo não por-se a gastar como se fosse rico quando se é pobre.

È pobre se deixa roubar.

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #12252 em: 2016-06-17 12:15:54 »
É essencialmente pobre se não produz para os outros. A riqueza é grosso modo uma medida do que se produziu para os outros menos o que se obteve dos outros.

A ideia de que se é pobre porque se é roubado não tem puto de base. A única entidade que tem o poder para empobrecer pessoas (fora crimes esporádicos) é o Estado, não o capitalismo ou os capitalistas, ou a Europa ou o diabo a sete.
« Última modificação: 2016-06-17 12:16:26 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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tommy

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Re: Portugal falido
« Responder #12253 em: 2016-06-17 13:54:00 »
http://observador.pt/2016/06/17/atividade-economica-cai-pela-primeira-vez-desde-agosto-de-2013/
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Atividade económica não caía desde agosto de 2013

A atividade económica caiu em maio pela primeira desde agosto de 2013, depois de 32 meses em valores positivos, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal.

A queda é ligeira, -0,1% face ao mesmo período do ano passado, mas confirmam a tendência de descida que se tem vindo a verificar neste indicador dezembro do ano passado.

A última vez que este indicador caiu foi em agosto de 2013, também aqui depois de 32 meses de quedas consecutivas – desde janeiro de 2011 -, terminando as quedas em setembro desse ano, dois meses após o pedido de demissão de Vítor Gaspar.

O indicar de consumo privado também está a cair, mas ainda em valores positivos. A redução do crescimento deste indicador tem acontecido de forma ligeira desde fevereiro, atingindo em maio os 2%.

deMelo

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Re: Portugal falido
« Responder #12254 em: 2016-06-17 15:47:31 »
Ninguém tem um gráfico da evolução da diferença entre a yield da divida portuguesa e dos bunds?

Tipo... últimos 2 anos, para se ver o comportamento após a entrada do novo governo.
The Market is Rigged. Always.

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #12255 em: 2016-06-17 15:59:58 »
Ninguém tem um gráfico da evolução da diferença entre a yield da divida portuguesa e dos bunds?

Tipo... últimos 2 anos, para se ver o comportamento após a entrada do novo governo.
Penso que é isto que pretendes. Dá para mudar o intervalo temporal.
https://ycharts.com/indicators/portugalgermany_10_year_bond_spread

deMelo

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Re: Portugal falido
« Responder #12256 em: 2016-06-17 16:08:41 »
Ninguém tem um gráfico da evolução da diferença entre a yield da divida portuguesa e dos bunds?

Tipo... últimos 2 anos, para se ver o comportamento após a entrada do novo governo.
Penso que é isto que pretendes. Dá para mudar o intervalo temporal.
https://ycharts.com/indicators/portugalgermany_10_year_bond_spread

Excelente Auto.
Era isto mesmo.
Obrigado.
The Market is Rigged. Always.

deMelo

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Re: Portugal falido
« Responder #12257 em: 2016-06-17 16:10:23 »
Como é que um particular pode materializar a aposta no aumento deste spread?

Há algum produto especifico...
The Market is Rigged. Always.

meu-godo

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Re: Portugal falido
« Responder #12258 em: 2016-06-17 16:50:48 »
É essencialmente pobre se não produz para os outros. A riqueza é grosso modo uma medida do que se produziu para os outros menos o que se obteve dos outros.

A ideia de que se é pobre porque se é roubado não tem puto de base. A única entidade que tem o poder para empobrecer pessoas (fora crimes esporádicos) é o Estado, não o capitalismo ou os capitalistas, ou a Europa ou o diabo a sete.

Nalgumas culturas como a portuguesa encontra-se senpre um ou vários culpados para a situação ocorrida. Políticos, o euro ou outra coisa qualquer. É aliás umas das razões pelas quais é dificil a Portugal evoluir como outros países conseguiram.

Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #12259 em: 2016-06-18 03:28:04 »
Como é que um particular pode materializar a aposta no aumento deste spread?

Há algum produto especifico...

Talvez apostando long no EWG e short no PGAL. Eu já o estou a fazer há 7 meses, mas não estou a ganhar nada ainda. Só resulta se a nossa crise se aprofundar.