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"Além do mais, deverias reparar que procuras explicações cada vez mais implausíveis para tentares chegar à conclusão que queres à priori"
Este tipo de argumento pode ser dirigido a qualquer um, eu posso retribuir dizendo que o mesmo exactamente se aplica a ti. Queres acreditar na tese do Rushton et al a priori.
Não - eu acredito na evidência dos dados replicados em centenas de estudos diferentes.
O extraordinário aqui é acreditar-se noutra coisa qualquer, Kin. Principalmente sem dados e com explicações rebuscadas -- que para mais, tenderão a ser diferentes consoante o tipo de estudo confrontado. Tu em vez de acreditares no mais provável, procuras explicações para que o mais provável POSSA não ser verdade, mesmo que implausíveis.
Por exemplo com Africanos -- os Africanos e descendentes são mais pobres (versus alguém em situação similar -- ou seja, não podes comparar um descendente estabelecido com um imigrante recente) e com menor QI médio em n sociedades diferentes, versus outras etnias. Mas tu queres acreditar que o ambiente em todas essas sociedades diferentes de alguma forma lhes é sempre desfavorável ao ponto de produzir essas diferenças. Sejam as sociedades dentro de África ou fora dela, sejam estes numerosos o suficiente para constituirem a sua própria comunidade ou não. A explicação em que queres acreditar é simplesmente implausível.
O Rushton nem sei que é.
J. P. Rushton, "Race, Evolution and Behavior", 1995, um livro que tenho e li há muitos anos. Ele seguiu-se ao Murray & Herrnstein (The Bell Curve), ao A. Jensen, que vieram antes. O Rushton creio que foi o primeiro a propor a "teoria do frio", que os climas frios favoreceram o QI no ambiente ancestral. O Lynn e Vatanen são mais recentes, continuaram nas mesmas pisadas.
Os "dados replicados em centenas de estudos diferentes" são os dados brutos de QI e os dados sobre a heritabilidade do QI. Com isso já eu disse que concordava! Portanto não vale a pena referir isso, toda a gente concorda que as diferenças de QI são reais, e que ele é herdável (o que não admira, praticamente tudo o é).
Os africanos descendentes são mais pobres e, além disso, o seu QI médio é mais baixo do que o dos brancos (por enquanto). Até aí concordamos, e creio que toda a gente concorda. O melhor é deixar estas coisas já claras, para não repetirmos ad nauseum as mesmas coisas, dizendo que os outros não acreditam nisto e naquilo, que negam isto e aquilo, sem ser verdade. Com todas as coisas acima eu concordo.
Mas por que é que os africanos serem mais pobres há-de ser uma consequência do baixo QI e não o contrário? Eu vou responder por ti: tens um preconceito à priori que te leva a pensar que a sociedade é muito meritocrática e logo tem que ser a 1ª direcção de causalidade e não a 2ª. Eu não penso assim. Há alguma meritocracia sim, mas também há montanhas de injustiças que se prolongam por séculos.