Diferenças entre edições de "Book value"
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Isto, porém, é apenas teoricamente. Se os passivos tendem a valer pelo seu valor nominal (pelo valor a que estão no balanço) no caso de uma liquidação, já os activos podem estar substancialmente sub ou sobreavaliados. | Isto, porém, é apenas teoricamente. Se os passivos tendem a valer pelo seu valor nominal (pelo valor a que estão no balanço) no caso de uma liquidação, já os activos podem estar substancialmente sub ou sobreavaliados. | ||
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==Ver também== | ==Ver também== | ||
+ | *[[PBV]] (price-to-book value) | ||
+ | *[[Aumento de capital]] | ||
+ | *[[Redução de capital]] | ||
*[[Diluição]] | *[[Diluição]] | ||
*[[Mark to market]] | *[[Mark to market]] | ||
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− | [[Categoria:Conceitos]][[Categoria:Contabilidade]] | + | [[Categoria:Conceitos]][[Categoria:Contabilidade]][[Categoria:Gestão de empresas]] |
Edição atual desde as 16h31min de 22 de março de 2010
Em contabilidade, Book value ou valor contabilístico ou ainda capitais próprios / situação líquida corresponde aos activos menos os passivos presentes no balanço. Ou seja, é teoricamente o valor do que a empresa tem (ou lhe devem), menos o valor do que a empresa deve.
Constituição
O Capital próprio inclui:
- Capital social
- Prémios de emissão
- Reservas
- Resultados transitados
- Resultado do exercício
Considerações
Teoricamente, pode pensar-se no valor contabilístico como o montante que seria realizado se a firma fosse fechada, os seus activos vendidos ou realizados, e os seus passivos pagos, sendo que o que restaria seria o valor contabilístico. Dividido por cada acção, teríamos o valor contabilístico por acção, Book value per share ou BVPS.
Isto, porém, é apenas teoricamente. Se os passivos tendem a valer pelo seu valor nominal (pelo valor a que estão no balanço) no caso de uma liquidação, já os activos podem estar substancialmente sub ou sobreavaliados.
Activos correntes como Clientes ou Existências tenderão a estar sobrevaliados num cenário de liquidação, ao passo que terrenos e edifícios, se não reavaliados, tenderão a estar subavaliados. Imobilizado corpóreo relativo a equipamento, tenderá a estar sobreavaliado.
Por outro lado podem existir alguns activos que não se encontram sequer registados no balanço, como o valor de marcas, de patentes, de relações com clientes.
Por fim, se a empresa for muito lucrativa, terá ainda valor pela própria capacidade de gerar lucro, mesmo que tal não seja reconhecido no balanço. É assim normal ver empresas a transaccionar a prémios bastante elevados para o seu valor contabilístico, prémios esses tanto maiores quanto maior a capacidade da empresa gerar lucro, ou de uma forma mais matemática, quanto maior o seu ROE (Return on equity).
Variações do valor contabilístico
As seguintes são algumas das causas que fazem o valor contabilístico de uma empresa variar:
- O acumular de resultados positivos ou negativos. À medida que a empresa gera resultados positivos, estes vão sendo acrescentados à sua situação líquida. Resultados negativos levam ao contrário, diminuindo essa situação líquida;
- A emissão de acções aumenta o capital social, o prémio de emissão (se forem emitidas acima do valor nominal) e portanto, melhora a situação líquida;
- A recompra de acções diminui a situação líquida (embora, se forem compradas abaixo do BVPS, possa aumentar o BVPS das acções restantes);
- Dividendos diminuem a situação líquida pelo montante distribuído;
- Reavaliações positivas de activos aumentam a situação líquida;
- Abatimentos de activos, mesmo que não passem pela demonstração de resultados, diminuem a situação liquida;
- Variações cambiais podem alterar a situação líquida consoante a exposição de activos e passivos às ditas. A detenção de passivos numa moeda que valorize diminui a situação líquida, numa moeda que desvalorize, aumenta-a. Para os activos a relação é inversa, a detenção de activos numa moeda que valorize aumenta a situação líquida e numa que desvalorize, diminui-a;
- A recompra de dívida da empresa abaixo do par aumenta a situação líquida (embora o efeito passe pela demonstração de resultados, e portanto se insira nos resultados, é de referir que só quando os resultados são maus é que deverá existir a hipótese de recomprar dívida abaixo do par, a menos que essa hipótese exista devido a variações de taxas de juro e dívida emitida a taxa fixa);