Diferenças entre edições de "Estatística"
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Revisão das 15h03min de 7 de novembro de 2008
A estatística é uma área do conhecimento que utiliza teorias probabilísticas para explicação de eventos, estudos e experiências. Tem por objectivo obter, organizar e analisar dados, determinar as correlações que apresentem, tirando delas suas consequências para descrição e explicação do que passou e previsão e organização do futuro.
A estatística é também uma ciência e prática de desenvolvimento de conhecimento humano através do uso de dados empíricos. Baseia-se na teoria estatística, um ramo da matemática aplicada. Na teoria estatística, a aleatoriedade e incerteza são modeladas pela teoria da probabilidade. Algumas práticas estatísticas incluem, por exemplo, o planeamento, a sumarização e a interpretação de observações. Porque o objetivo da estatística é a produção da "melhor" informação possível a partir dos dados disponíveis, alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da teoria da decisão.
O termo estatística surge da expressão em Latim statisticum collegium palestra sobre os assuntos do Estado, de onde surgiu a palavra em língua italiana statista, que significa "homem de estado", ou político, e a palavra alemã Statistik, designando a análise de dados sobre o Estado. A palavra foi proposta pela primeira vez no século XVII, em latim, por Schmeitzel na Universidade de Lena e adotada pelo acadêmico alemão Godofredo Achenwall. Aparece como vocabulário na Enciclopédia Britânica em 1797, e adquiriu um significado de coleta e classificação de dados, no início do século 19.
Nós descrevemos o nosso conhecimento (e ignorância) de forma matemática e tentamos aprender mais sobre aquilo que podemos observar. Isto requer:
- O planeamento das observações por forma a controlar a sua variabilidade (concepção da experiência);
- Sumarização da colecção de observações;
- Inferência estatística - obter um consenso sobre o que as observações nos dizem sobre o mundo que observamos.
Em algumas formas de estatística descritiva, nomeadamente mineração de dados (data mining), os segundo e terceiro passos tornam-se normalmente mais importantes que o primeiro.
A probabilidade de um evento é frequentemente definida como um número entre zero e um. Na realidade, porém, nunca há situações que tenham probabilidades 0 ou 1. Você pode dizer que o sol irá certamente nascer de manhã, mas e se acontecer um evento extremamente difícil de ocorrer que o destrua? E se ocorrer uma guerra nuclear e o céu ficar coberto de cinzas e fumo?
Normalmente aproximamos a probabilidade de alguma coisa para cima ou para baixo porque elas são tão prováveis ou improváveis de ocorrer, que é fácil de reconhecê-las como probabilidade de um ou zero.
Entretanto, isto normalmente leva a desentendimentos e comportamentos perigosos, porque as pessoas não conseguem distinguir entre, isto é, uma probabilidade de 10-4 e uma probabilidade de 10-9, a despeito da grande diferença prática entre elas. Se você espera cruzar a estrada cerca de 105 ou 106 vezes na sua vida, então reduzindo a risco de cruzar a estrada em 10-9 irá fazer você seguro pelo resto da sua vida, enquanto um risco de cruzá-la em 10-4 irá fazer ser bem provável que você tenha um acidente, mesmo com o sentimento intuitivo que 0,01% é um risco muito baixo.
Índice
Aplicações
Algumas ciências usam a estatística aplicada tão extensivamente que elas tem uma terminologia especializada. Estas disciplinas incluem:
- Bioestatística
- Estatística comercial
- Estatística económica
- Estatística Engenharia
- Estatística Física
- Estatística populacional
- Estatística psicológica
- Estatística social (para todas as ciências sociais)
- Análise de processo e Quimiometria (para análise de dados da química analítica e da engenharia química)
Estatística forma uma ferramenta chave nos negócios e na industrialização como um todo. É utilizada com o objectivo de entender sistemas variáveis, controle de processos (chamado de "controle estatístico de processo" ou CEP), para sumarização de dados, e para tomada de decisão baseada em dados. Em nessas funções ela é uma ferramenta chave, e é a única ferramenta segura.
- Estatística Inferencial é o conjunto de técnicas utilizadas para identificar relações entre variáveis que representem ou não relações de causa e efeito.
- Estatística Robusta é o conjunto de técnicas utilizadas para atenuar o efeito de outliers e preservar a forma de uma distribuição tão aderente quanto possível aos dados empíricos.
A base da estatística e sua definição
A Estatística é uma ferramenta matemática que nos informa sobre o quanto de erro nossas observações apresentam sobre a realidade pesquisada. A estatística baseia-se na medição do erro que existe entre a estimativa de quanto uma amostra representa adequadamente a população da qual foi extraída. Assim o conhecimento de teoria de conjuntos, análise combinatória e cálculo são indispensáveis para compreender como o erro se comporta e a magnitude do mesmo. É o erro (erro amostral) que define a qualidade da observação e do delineamento experimental.
A faceta dessa ferramenta mais palpável é a Estatística descritiva. A descrição dos dados coletados é comumente apresentada em gráficos ou relatórios e serve tanto a prospecção de uma ou mais variáveis para posterior aplicação ou não de testes estatísticos bem como a apresentação de resultados de delineamentos experimentais.
Alguns órgãos estatísticos nacionais
- Alemanha: Statistisches Bundesamt
- Austrália: Australian Bureau of Statistics
- Bélgica: Statistics Belgium
- Brasil: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
- Canadá: Statistics Canada, Statistique Canada
- Colômbia: Departamento Administrativo Nacional de Estadistica (DANE)
- Espanha: Instituto Nacional de Estadística (INE)
- Estados Unidos: FedStats
- França: Institut National de la Statistique et des Études Économiques (INSEE)
- Grécia: National Statistical Service of Greece
- Holanda: Centraal Bureau Statistiek
- Índia: Indian Statistical Institute
- Itália: Istituto Nazionale di Statistica (ISTAT)
- Irlanda: Central Statistics Office of Ireland
- Nova Zelândia: Statistics New Zealand
- Polónia: Główny Urząd Statystyczny (GUS)
- Portugal: Instituto Nacional de Estatistica (INE)
- Reino Unido: Office for National Statistics (ONS)
- Suíça: Swiss Federal Statistical Office
Bibliografia
- TRIOLA, Mário F. Introdução à Estatística. LTC. 10a edição 2008. 722p. ISBN 8521615868
- MANN, Prem S. Introdução à Estatística. LTC. 5a edição 2006, 774p. ISBN 852161506X
- WITTE, John S.; WITTE, Robert S. Estatística. LTC. 7a edição 2005. 506p. ISBN 8521614411
- BUSSAB, Wilton. Estatística Básica. Saraiva. 5a edição 2006. 540p. ISBN 8502034979
- MOORE, David S. A Estatística Básica e sua Prática. LTC. 3a edição 2005. 688p. ISBN 8521614438
- MILONE, Guiseppe. Estatística Geral e Aplicada. Thomson Pioneira. 498p.1a edição 2003. ISBN 8522103399
Ver também
Links relevantes
- Handbook do NIST - excelente fonte de referência, possivelmente o material mais completo disponível na rede.
- Textbook do software Statistica - fonte muito completa de pesquisa e referência sobre vários tópicos relacionados à Estatística.
- Eurostat (União Européia)
- UNSTATS (Nações Unidas)
- UIS-UNESCO
- The R Project for Statistical Computing (em inglês)
- Statistics resources (em inglês)
- The Probability Web (em inglês)
- Virtual Laboratories in Probability and Statistics (em inglês)
- Statistics resources and calculators(em inglês)
- Data, Software and News from the Statistics Community (em inglês)
- Analytical argumentations of probability and statistics.
- Em português
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