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Revisão das 07h47min de 28 de novembro de 2008
A Hipótese dos mercados eficientes (em inglês, efficient-market hypothesis, EMH) diz que os mercados financeiros são eficientes, ou seja, que as cotações dos activos cotados (acções, obrigações, etc) reflectem toda a informação conhecida.
Como consequência, a hipótese dos mercados eficientes teoriza quen é impossível bater consistentemente os mercados usando qualquer informação que o mercado já conheça, excepto pela sorte. A informação na hipótese dos mercados eficientes é tudo o que possa afectar as cotações, que é desconhecido no presente e por isso aparece aleatoriamente no futuro.
A hipótese dos mercados eficientes foi desenvolvida pelo professor Eugene Fama na Universidade de Chicago, e publicada na sua tese de doutoramento no início dos anos 60. A sua base foi primeiramente exposta por Louis Bachelier, um matemático Francês, na sua dissertação "A Teoria da Especulação", em 1900.
Índice
Formas
Existem usualmente três formas de expressar a hipótese dos mercados eficientes:
A eficiência forte
- As cotações reflectem toda a informação, pública e privada, e ninguém consegue obter retornos excessivos;
- Se existe alguma barreira à informação privada se tornar pública, por exemplo com leis que limitem o inside trading, a forma forte de eficiência é impossível, excepto nos casos em que essas leis sejam universalmente ignoradas;
- Para confirmar a forma forte de eficiência, necessita de existir um mercado onde os investidores não consigam obter retornos excessivos consistentemente durante um período longo de tempo. Mesmo que alguns gestores sejam observados a bater consistentemente o mercado, isso não significa que a forma forte seja falsa: com centenas de milhar de gestores no mundo inteiro, mesmo uma distribuição normal dos retornos (tal como prevista pela eficiência dos mercados) é esperado que produza algumas dúzias de gestores "estrela" (pela mera sorte).
A eficiência semi-forte
- A forma semi-forte de eficiência, implica que as cotações se ajustam muito rapidamente a nova informação disponível publicamente, de tal forma a que não é possível obter retornos excessivos com base nessa informação;
- A forma semi-forte implica que nem a análise fundamental nem a análise técnica conseguirão produzir retornos excessivos com fiabilidade;
- A forma semi-forte indica que os ajustamentos a informação antes desconhecida devem ser instantaneos. Se após a alteração inicial se forma uma tendência, isso constituiria uma prova do falhanço da teoria.
- A forma semi-forte também tem implícito que o mercado pode ser batido, com base em informação não-pública.
A eficiência fraca
- Retornos excessivos não são possíveis de obter com base em estratégias de investimento baseadas em cotações históricas do activo;
- A análise técnica não será capaz de produzir retornos excessivos, embora algumas formas de análise fundamental ainda possam providenciar retornos excessivos;
- As cotações das acções não exibem autocorrelação, significando que não existem padrões nas cotações. Isto implica que as cotações são determinadas inteiramente por informação inesperada, e são por isso aleatórias. Ou seja, as cotações seguem um caminhar aleatório (random walk).