Diferenças entre edições de "EV/EBITDA"
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− | * | + | *Como muitos outros rácios, é estátido e não leva em conta o diferente crescimento das diferentes empresas, pelo que não se pode dizer que um nível mais baixo de EV/EBITDA corresponda necessariamente a uma empresa mais barata; |
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− | * | + | *O EV/EBITDA como muitos outros rácios é extremamente enganador na análise de empresas cíclicas, pois estas tendem a possuir EV/EBITDAs baixos no topo do ciclo (pois começam a descontar o fim inevitável deste), e EV/EBITDAs elevados (ou mesmo inexistentes devido aos prejuízos) no fundo do ciclo; |
− | * O | + | *Por fim, o EV/EBITDA não leva em conta as diferentes necessidades de [[capex]] e [[fundo de maneio]] das empresas, que fazem com que o EBITDA por estas gerado seja mais ou menos valioso para o accionista (e para o serviço da dívida). |
Revisão das 11h12min de 17 de novembro de 2007
O EV/EBITDA é um dos rácios financeiros mais usados. A principal vantagem do EV/EBITDA sobre o PER é o facto de que o EV/EBITDA leva em conta a estrutura financeira da empresa por via do uso do Enterprise value, ao mesmo tempo que ignora as diferentes políticas fiscais por via da utilização do EBITDA.
O EV/EBITDA é utilizado com muita frequência na comparação dos níveis de valorização dentro de uma mesma indústria, sendo também comum o cálculo do EV/EBITDA da totalidade da indústria.
Cálculo do EV/EBITDA
A fórmula para calcular o EV/EBITDA é, como indica a sigla:
Vantagens do EV/EBITDA
A principal vantagem do EV/EBITDA é providenciar uma medida de valorização de cada empresa, mas sobre outros rácios financeiros, podemos ainda referir:
- O EV/EBITDA leva em conta a estrutura financeira da empresa, por via da utilização do conceito de Enterprise value;
- O EV/EBITDA não é afectado por diferentes políticas de amortização e fiscais, que frequentemente podem distorcer medidas baseadas no resultado líquido como o PER;
Defeitos do EV/EBITDA
O EV/EBITDA tem alguns defeitos óbvios:
- Como muitos outros rácios, é estátido e não leva em conta o diferente crescimento das diferentes empresas, pelo que não se pode dizer que um nível mais baixo de EV/EBITDA corresponda necessariamente a uma empresa mais barata;
- Também não leva em cont a capacidade da empresa reinvestir os fundos que gera a taxas elevadas, o que permite maior crescimento futuro (ou seja, não leva em conta o ROE);
- O EV/EBITDA como muitos outros rácios é extremamente enganador na análise de empresas cíclicas, pois estas tendem a possuir EV/EBITDAs baixos no topo do ciclo (pois começam a descontar o fim inevitável deste), e EV/EBITDAs elevados (ou mesmo inexistentes devido aos prejuízos) no fundo do ciclo;
- Por fim, o EV/EBITDA não leva em conta as diferentes necessidades de capex e fundo de maneio das empresas, que fazem com que o EBITDA por estas gerado seja mais ou menos valioso para o accionista (e para o serviço da dívida).