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Revisão das 16h44min de 29 de dezembro de 2007
Marion King Hubbert (5 de Outubro de 1903 – 11 de Outubro de 1989) foi um geólogo que trabalhou nos laboratórios da Shell em Houston no Texas, EUA. Ele produziu várias contribuições importantes para a geologia e geofísica, entre as quais a Curva Hubbert e a teoria do Peak Oil.
Índice
Biografia
Hubbert nasceu em San Saba, Texas. Frequentou a Universidade de Chicago, de onde obteu o seu bacharelato em 1926, o seu mestrado em 1928, e o seu doutoramento em 1937, tendo estudado geologia, matemática e física. Ele trabalhou como geólogo assistente para a Amerada Petroleum Company durante dois anos, enquanto fazia o seu doutoramento. Entrou para a Shell Oil Company em 1943, tendo-se reformado desta companhia em 1964. Após se ter reformado, tornou-se um cientista geofísico sénior para o United States Geological Survey até à sua reforma definitiva em 1976. Também ocupou posições de professor de geologia e geofísica na Stanford University de 1963 a 1968, e foi professor em na Universidade de Berkeley de 1973 a 1976.
Hubbert também foi um ávido tecnocrata. Ele co-fundou o movimento tecnocrata "Technocracy Incorporated" e contribuiu significativamente para o estudo da tecnocracia.
Investigação
Hubbert teve contribuições relevantes no campo da geofísica, incluindo uma demosntração matemática de que a rocha na crosta terrestre, devido à imensa pressão a que é sujeita, adquire plasticidade de forma similar ao barro. Esta demonstração explicou os resultados então observados da deformação da crosta terrestre ao longo do tempo. Hubbert também estudou o comportamento de fluidos subterrâneos.
Hubbert é mais conhecido pelos seus estudos sobre as capacidades de campos petrolíferos e de gás natural. Ele previu que, para qualquer área geográfica, de um campo petrolífero individual ao planeta como um todo, a taxa de produção de petróleo de uma reserva se assemelharia a uma curva normal. Baseado nesta teoria, num paper <ref name="Hubbert1956">Nuclear Energy and the Fossil Fuels, M.K. Hubbert, apresentado no American Petroleum Institute, em San Antonio, Texas, em Março de 1956[1]</ref> que ele apresentou na reunião de 1956 do American Petroleum Institute em San Antonio, Texas, Hubbert previu que o pico de produção de petróleo nos EUA ocorreria entre o final dos anos 1960s e o início dos 1970s. Ele tornou-se famoso quando esta previsão se revelou acertada em 1970. A curva que ele usou na sua análise é conhecida como a Curva Hubbert, e o pico da curva é conhecido como Pico de Hubbert.
Entre 7 de Outubro de 1973 e Março de 1974, a OPEC interrompeu os fornecimentos de petróleo aos EUA, causando a Crise de energia de 1973. Em 1975, com os EUA ainda a sofrer dos preços elevados do petróleo, a Academia Nacional de Ciências confirmou a aceitação dos cálculos de Hubbert sobre a deple~ção das reservas de petróleo e gás natural, aceitando que estimativas anteriores e mais optimistas estavam incorrectas.
Em 1974, Hubbert projectou que a produção global de petróleo atingiria o seu pico em 1995 nos 12-GB/ano "se as tendências actuais se mantiverem".<ref>"Oil, the Dwindling Treasure" National Geographic, Junho de 1974</ref> Várias previsões subsequentes têm sido feitas por outros à medida que as tendências flutuaram nos anos seguintes. A teoria de Hubbert, e suas implicações, continuam a ser controversas.
Originalmente, Hubbert pensou que a energia solar era demasiado difusa para ser utilizada, mas em 1988 Hubbert mudou a sua posição, acreditando que a energia solar seria um substituto prático para os combustíveis fósseis.
Sumário das contribuições
As contribuições de Hubbert para a ciência foram sumarizadas da seguinte forma:<ref>Contribuições de Hubbert</ref>
- Correcta formulação da Lei de Darcy;
- Demonstração matemática de que a rocha na crosta terrestre é plástica, e de que a crosta terrestre se deforma ao longo do tempo;
- Previsão dos percursos de migração de hidrocarbonetos no subsolo;
- Demonstração de que as reservas de petróleo e gás natural são finitas e seguem uma curva de exploração.
Citação
- A nossa ignorância não é tão vasta como o nosso falhanço de usarmos o que sabemos.
Links relevantes
- Ron Schuler's Parlour Tricks: M. King Hubbert
- hubbertpeak.com: M. King Hubbert, citações
- Technocracy, Hubbert and peak oil
- Tributo a M. King Hubbert
Referências
Outras referências:
- Hubbert, M.K. (1956), Nuclear Energy and the Fossil Fuels, text version.
- The Texas State Historical Association (December 4, 2002), Handbook of Texas Online: Hubbert, Marion King. Accessed July 27, 2004.
- National Academy of Sciences (1990), Tribute to M. King Hubbert. Printed in "Letter to Members", Volume 19--Number 4, April 1990. Available at Tribute to M. King Hubbert, accessed at July 27, 2004.
- Patzek, Tadeusz W., Hubbert Cycle Lecture, University of Wisconsin Energy Institute, 2006.
- Hubbert's biography and quotes on Hubbert Peak of Oil Production M. King Hubbert. Accessed March 27, 2005.
- Interview with Steve Andrews; March 5, 1988